O evento de lançamento do projeto Dos Brasis foi realizado no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, em Salvador (BA). O projeto tem curadoria do professor e Doutor em Artes Visuais, Igor Simões, e do curador e antropólogo, Hélio Menezes. Durante o evento, eles apresentaram a metodologia de pesquisa do projeto e conduziram uma roda de conversa com os convidados Nelma Barbosa, coordenadora geral da rede de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Baiano, e Ayrson Heráclito, artista, curador, pesquisador e professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano.
Sesc abre inscrições para agentes culturais. Programa de pesquisa, intercâmbio e criação em artes visuais reunirá artistas, curadores, críticos, teóricos e educadores para estimular trocas, experimentações e reflexões sobre a produção negra.
Lançado em fevereiro deste ano, em Salvador (BA), o projeto Dos Brasis: arte e pensamento negro avança para mais uma etapa. Serão abertas, a partir do dia 8 de abril, as inscrições para o Pemba: Residência Preta, um programa de pesquisa, intercâmbio e criação em artes visuais que selecionará até 150 agentes culturais de todas as regiões do Brasil nas categorias artistas, curadores, críticos, teóricos e educadores. Com curadoria do professor e Doutor em Artes Visuais Igor Simões e do curador e antropólogo Hélio Menezes, Dos Brasis tem a proposta de pesquisar, fomentar e difundir a produção artística intelectual e visual contemporâneas de artistas e pesquisadores afro-brasileiros, evidenciando suas técnicas, histórias e correlações socioculturais. As inscrições foram prorrogadas até o dia 25/4, às 18h (horário de Brasília).
“O engajamento da área de Artes Visuais do Sesc em uma ampla reflexão em torno da identidade brasileira e das relações entre os diferentes grupos étnicos que constituem o país é fundamental para promover a pluralidade da nossa cultura. Para isso, desenvolvemos esse projeto que trará mais espaço e visibilidade à produção preta”, explica Lúcia Prado, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
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Durante o período da residência serão realizados encontros on-line semanais com orientadores e atividades públicas, entre maio e agosto deste ano, com carga horária de 40 horas. Serão abordados temas como ‘Histórias da Arte’; ‘Curadoria e Raça na Arte Brasileira’; ‘Os Educativos como Plataforma de Pensamento sobre Arte e Racialização’; ‘Arte Brasileira, Racialização, Dissidências’; e ‘Mulheres Negras e Arte Contemporânea Brasileira’.
A Pemba: Residência Preta é ao mesmo tempo um celeiro de pesquisa dessa produção no campo das artes visuais e também um lugar que prevê o desenvolvimento de processos de criação que partem da troca entre esses diferentes agentes, permitindo olhares críticos sobre os processos particulares. Os trabalhos terão orientação dos artistas/pesquisadores Yhuri Cruz, Juliana dos Santos, Rafael Bqueer, Ariana Nuala e Renata Sampaio. Também estão previstas aulas públicas com Kleber Amancio, Diane Lima, Rosana Paulino, Denise Ferreira da Silva, Rosane Borges, Castiel Vitorino, Renata Bitencourt e Renata Sampaio.
Além da residência artística, o projeto Dos Brasis prevê para 2023 uma exposição coletiva com obras de artistas visuais originários de todos os estados. Haverá ainda a produção de materiais educativos voltados à formação de educadores e com representativo de experiências educacionais de todo o país, além de uma publicação vinculada ao projeto com o resultado das pesquisas em cada unidade da federação. Futuramente, a mostra desenvolvida integrará o circuito de exposições do Sesc e deve circular pelas mais de 60 galerias que compõem a Rede Sesc de Artes Visuais por meio do Arte Sesc.
Igor Simões
É doutor em Artes Visuais-História, Teoria e crítica da Arte-PPGAV-UFRGS e Professor Adjunto de História, Teoria e Crítica da arte e Metodologia e Prática do ensino da arte (UERGS). Foi Curador adjunto da Bienal 12 (Bienal do Mercosul – Curadoria do educativo). É membro do comitê de curadoria da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (Anpap), do Núcleo Educativo UERGS-MARGS e do comitê de acervo do Museu de Arte do RS-MARGS. Trabalha com as articulações entre exposição, montagem fílmica, histórias da arte e racialização na arte brasileira e visibilidade de sujeitos negros nas artes visuais. É autor da Tese Montagem Fílmica e exposição: Vozes Negras no Cubo Branco da Arte Brasileira e Membro do Flume – Grupo de Pesquisa em Educação e Artes Visuais. Tem mantido atividades na área de formação e debate sobre arte brasileira e racialização em instituições como MASP, Instituto Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles, MAC/USP.
Lorraine Mendes
Lorraine Mendes é graduada em Artes e Design pela UFJF, mestra em História pela mesma instituição e atualmente é doutoranda em História e Crítica da Arte no PPGAV-UFRJ, onde desenvolve sua pesquisa sobre as representações do negro e da negritude na história da arte branco-brasileira e os projetos de Nação, realizando uma revisão do arquivo de imagens que formam a ideia de Brasil a partir da agência poética negra contemporânea. Inicia-se na docência no ano de 2017, tendo sido professora substituta do Departamento de Teoria e História da Arte da EBA-UFRJ entre 2019 e 2021. Tem realizado curadorias em feiras, galerias e instituições de arte nacionais e internacionais como desdobramentos de sua pesquisa.
Marcelo Campos
Marcelo Campos nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É professor associado do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ. Curador Chefe do Museu de Arte do Rio. Foi diretor da Casa França-Brasil, entre 2016 e 2017. Foi professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Membro dos conselhos dos Museus Paço Imperial (RJ); Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea (RJ). Doutor em Artes Visuais pelo PPGAV da Escola de Belas Artes/ UFRJ. Possui textos publicados sobre arte brasileira em periódicos, livros e catálogos nacionais e internacionais. Em 2016, lançou Escultura Contemporânea no Brasil: reflexões em dez percursos. Salvador: Editora Caramurê, incluindo parte significativa da produção moderna e contemporânea brasileira, em um levantamento de mais de 90 artistas. Realiza curadoria de exposições, desde 2004, em diversas instituições no Brasil, com mais de cem curadorias, até o momento, dentre as quais, destacam-se: Sertão Contemporâneo, na Caixa Cultural, em 2008, Rio de Janeiro e Salvador; Efrain Almeida: Uma pausa em pleno vôo, no MAM/BA, em 2016; Bispo do Rosário, um canto, dois sertões, no Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea, em 2015. Além da produção citada, as matrizes africanas e afro-brasileiras são pesquisadas em exposições, como, Orixás, Casa França Brasil, 2016; O Rio do Samba: resistência e reinvenção, Museu de Arte do Rio (MAR), 2018, Casa Carioca, MAR, 2020, Crônicas Cariocas, Museu de Arte do Rio (MAR), 2021; Um defeito de Cor, MAR, 2022. Além das citadas, curou as exposições individuais de Aline Motta, Mulambö, Bqueer, Ayrson Heráclito no Museu de Arte do Rio (MAR). Em 2018, uma grande exposição atualizou o mapeamento da região Nordeste, incluindo pesquisa e trabalho de campo em todos os estados da região, junto com os curadores Clarissa Diniz e Bitú Cassundé, resultando numa mostra de grande porte no Sesc 24 de maio, em São Paulo. Atualmente, coordena pesquisas sobre artistas afrodescendentes no Projeto de extensão, Arte e Afrobrasilidade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Depois de passar por Londres, Paris e Nova Iorque, o Sesc Pompeia, em São Paulo, recebe a nova exposição de Sebastião Salgado. “Amazônia”, que ficará em cartaz até 10 de julho. A mostra nos convida a refletir sobre o futuro da biodiversidade nacional e a importância histórica e urgente de preservar esse ecossistema e a população indígena.
Ao todo, 200 imagens, a maioria inédita ao público, são apresentadas e representam sete anos de expedições pela região Norte do Brasil, onde Salgado registrou a convivência com as algumas comunidades indígenas e também explorou a densidade fotográfica de florestas, rios e montanhas.
A exposição é gratuita, mas para ingressar é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (físico ou digital) e um documento com foto.
Nascido em Minas Gerais em 1944, Sebastião Salgado tornou-se um dos maiores nomes da fotografia mundial por conta do teor social e humanitário de seus trabalhos.
Mais informações: https://www.sescsp.org.br/programacao/amazonia-sebastiao-salgado/
Por meio de sua atuação na área de Artes Visuais, o Sesc promove este ano uma ampla reflexão em torno da identidade brasileira e as relações entre os diferentes grupos étnicos que constituem o país. O projeto Dos Brasis: arte e pensamento negro, parte do programa Arte Sesc, com curadoria de Hélio Menezes e Igor Simões, tem a proposta de pesquisar, fomentar e difundir a produção artística, intelectual, e visual contemporâneas de artistas e pesquisadores afro-brasileiros ao evidenciar suas técnicas, histórias e correlações socioculturais, por meio, inicialmente, de uma pesquisa nacional com a participação dos técnicos de artes visuais do Sesc no país. O evento de lançamento será realizado no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, em Salvador (BA). Na ocasião, será anunciada a abertura das inscrições para seleção de pesquisadores que participarão de uma residência artística on-line.
O projeto Dos Brasis tem curadoria do professor e Doutor em Artes Visuais Igor Simões e do curador e antropólogo Hélio Menezes. Durante o evento de lançamento, eles apresentam a metodologia de pesquisa do projeto e conduzem uma roda de conversa com os convidados Nelma Barbosa, coordenadora geral da rede de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Baiano, e Ayrson Heráclito, artista, curador, pesquisador e professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano.
Além da residência artística, que tratará temas como Curadoria e Raça na Arte Brasileira, Os educativos como plataforma de pensamento sobre arte e racialização, e Mulheres Negras e Arte Contemporânea Brasileira, o projeto Dos Brasis prevê uma exposição coletiva com obras de artistas visuais originários de todos os estados, em 2023, materiais educativos voltados à formação de educadores e representativo de experiências educacionais de todo o país; e uma publicação com o resultado das pesquisas em cada unidade da federação vinculada ao projeto.
Na residência, serão realizados ao longo do ano encontros com tutoria para os participantes, cujo percurso profissional se relacione com os temas propostos pela exposição, como artistas, pesquisadores e educadores, e aulas abertas ao público. A ação é uma estratégia para ampliar o debate em torno do tema por meio de grupos de estudo entre nomes que tecem a curadoria e o pensamento negro em artes visuais, instituindo espaços de compartilhamento e referências a partir da criação poética, crítica e educativa.
Futuramente, a exposição desenvolvida no projeto Dos Brasis integrará o circuito de exposições do Sesc e deve circular pelas mais de 60 galerias que compõem a Rede Sesc de Artes Visuais por meio do Arte Sesc.
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