Cinquenta concertos, em 29 cidades de 20 estados brasileiros. Esse será o roteiro de 2024 da Série Concertos Sesc Partituras. No repertório, obras de mais de 50 compositores de diversas gerações, com representação de todas as regiões. A Série leva ao público obras que compõem o acervo do Sesc Partituras, uma biblioteca virtual que disponibiliza gratuitamente partituras e divulga compositores.
“A série Concertos Sesc Partituras compõe o trabalho do projeto Sesc Partituras. As apresentações contam com obras do acervo digital e proporcionam o contato do público com a música brasileira de câmara. A série também amplia a presença das composições brasileiras nos programas de concerto, difundindo o trabalho de artistas de todas as gerações e regiões do país”, destaca a Diretora de Programas Sociais do Sesc, Janaína Cunha.
A edição deste ano terá dois circuitos especiais de concertos, realizados pelo Quinteto de Metais Brassil (PB) e pelo Quarteto de Cordas Kalimera (RJ). Além da apresentação, os grupos realizarão masterclasses de instrumentos musicais para os alunos das Orquestras Jovens do Sesc. Criado há 32 anos, o Quinteto Brassil é formado por integrantes do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O grupo circulará pelas cidades de João Pessoa (PB), São Luís (MA), Recife (PE) e Aracaju (SE). O Quarteto Kalimera nasceu em 2018 e já foi premiado como “Melhor Intérprete de Música Clássica” no Festival de Música da Rádio MEC nas edições 2020 e 2018. O grupo passará pelas cidades de Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Belém (PA) e Teresina (PI).
A Orquestra Jovem Sesc Pará é uma das atrações da série, com apresentação marcada para dia 9 de abril, no Teatro da Paz, na capital paraense. O grupo contará com a regência do maestro e pianista peruano Fernando Ortiz de Villate, que também ministrará uma oficina no Sesc Casa da Música.
A série Concertos Sesc Partituras também traz duas homenagens: os concertos em celebração ao Maestro Duda, o José Ursicino da Silva, uma referência no cenário cultural do frevo, realizados em São Luís, Belém, João Pessoa e Recife; e os concertos em homenagem ao Choro, gênero genuinamente brasileiro, reconhecido este ano como Patrimônio Cultural pelo Iphan, com apresentações no Maranhão e no Tocantins.
Sinopse: As infâncias negras no Brasil são marcadas por uma forte relação com sua identidade cultural sinônimo de resistência, força, domínio corporal, musicalidade, oralidade. Ao mesmo tempo são marcadas pela desigualdade, preconceito e divisão de classes, que construiu uma cartela gradativa de cores que representa as escalas da exclusão social. A proposta dessa formação é olharmos para as infâncias negras no Brasil, o repertório que compõe a sua cultura e a relação desse repertório com os lugares de existência.
Biografia: Lucilene Silva é mestre e doutoranda em Música na UNICAMP, pesquisadora do Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa, membro do Conselho diretivo do Grupo ICTM de Estudos de Música e Dança da América Latina e Caribe. Desde 1998 pesquisa e documenta a Cultura Infantil e Música da Infância no Brasil e outros países da América Latina. É Coordenadora Geral da Oca Escola Cultural, onde é responsável pelo Centro de Estudos e Irradiação da Cultura Infantil. Representa em São Paulo a Casa das 5 Pedrinhas fundada pela etnomusicóloga Lydia Hortélio, integra a equipe gestora da Casa Redonda Centro de Estudos, é educadora do Instituto Brincante. Entre outras publicações e materiais audiovisuais, é autora do livro Eu vi as três meninas, música tradicional da infância na Aldeia de Carapicuíba, que em 2015 recebeu o prêmio IPHAN de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. Integrou a Cia Cabelo de Maria com participação nos CDs Cantos de Trabalho volumes I e II, Baianás e São João do Carneirinho; participou do filme Tarja Branca, uma revolução que faltava produzido pela Maria Farinha Filmes e do filme Mitã, uma poética da infância brasileira, produzido pelo Espaço Imaginário
A vídeo aula apresenta possibilidades de atuação com acessibilidade atitudinal, focando principalmente na comunicação através da Linguagem Brasileira de Sinais.
Maior projeto de circulação de artes cênicas do país, a 26ª edição do Palco Giratório circulará de abril a dezembro com 404 apresentações e 264 cursos e oficinas, realizadas por 17 grupos artísticos. Espetáculos de teatro, dança e circo compõem a programação dessa edição, que alcançará 80 cidades de 25 estados e Distrito Federal. O lançamento do circuito será dia 17 de abril, em Curitiba (PR), e reunirá dois importantes artistas que são homenageados nessa edição: o ator e diretor Amir Haddad, criador do Grupo Tá na Rua, e o ator, compositor e diretor musical e capitão de congado Maurício Tizumba.
“Ao longo de 26 anos de atuação, o Palco Giratório se consolidou como um importante projeto de difusão e intercâmbio de artes cênicas. E a chave do sucesso da iniciativa está na curadoria, formada por profissionais do Sesc de todo o país, que acompanham o cenário teatral em suas regiões e trazem seus olhares para uma discussão coletiva. Desse compartilhamento nasce a programação do circuito anualmente, uma importante amostra da produção cênica brasileira”, explica a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.
O Palco Giratório deste ano traz espetáculos de diversas temáticas, que retratam importantes questões em debate na sociedade, como a musicalidade, a intergeracionalidade, a negritude, a acessibilidade e a inclusão. O circuito também destaca o trabalho de Amir Haddad e Maurício Tizumba, artistas que contribuem para o cenário das artes cênicas brasileiras há mais de meio século.
“A decisão de colocar no centro da 26ª edição do projeto os atores e diretores mineiros Amir Haddad e Maurício Tizumba está alinhada com a busca por diversidade nas ações do Sesc. Ambos são duas referências do teatro e da música brasileira e também foram homenageados pelo 34ª Prêmio Shell de Teatro”, destaca Janaina Cunha.
Amir Haddad, tem 86 anos de vida e 66 de carreira. Dirigiu grandes nomes da arte brasileira, como Marieta Severo, Andreia Beltrão e Letícia Spiller e é o fundador do Grupo de Teatro Tá na Rua, com o qual se apresenta no circuito. A peça “Zaratustra: uma transvaloração dos valores” nasceu da relação de Haddad com o personagem Zaratustra escrito pelo filósofo Friedrich Nietzsche.
Maurício Tizumba é ator, compositor, cantor, multiinstrumentista, diretor musical e capitão de congado. Sua trajetória artística baseada no diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira. Tizumba vai se apresentar com “Herança”, que retrata a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra.
O Palco Giratório também traz ao público em sua programação outros grandes nomes da cultura brasileira. O espetáculo “Leci Brandão”, com o Grupo Lapilar Produções Artísticas (RJ), vencedor do Prêmio Shell 2024 na categoria direção, conta a trajetória da sambista carioca em um musical a partir das histórias de seus orixás. O espetáculo “Maria Firmina”, do Núcleo Atmosfera (MA), faz uma releitura sobre a vida e obra da primeira mulher negra a escrever um romance no Brasil.
As crianças também são contempladas no circuito. A opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, da companhia Buia Teatro de Manaus, é um exemplo. Premiado como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, o grupo traz um espetáculo inspirado na literatura fantástica de autores como Edgar Allan Poe e Tim Burton. O circo também está representado na circulação com espetáculos como “Mar Acá”, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Roraima.
O Sesc, instituição reconhecida por seu compromisso com a promoção e difusão da cultura brasileira em todas as suas formas, reitera seu papel fundamental na valorização dos talentos literários do país. Desde sua fundação, há mais de sete décadas, a entidade tem desempenhado um papel crucial na construção e fortalecimento da identidade cultural brasileira, sendo hoje uma referência tanto nacional quanto internacionalmente.
O Prêmio Sesc de Literatura tem sido um dos pilares desse trabalho, refletindo as diversas questões e temáticas relevantes para a sociedade. Racismo, questões ambientais, diversidade de gênero e fatos históricos são temas que compõem muitas das obras premiadas nos 20 anos de existência do projeto, proporcionando ao público uma reflexão profunda sobre nossa realidade.
Em 2024, o Prêmio Sesc de Literatura adota um formato ampliado e repleto de novidades, aprimorando sua missão de impulsionar a renovação no panorama literário brasileiro, enriquecer a cultura nacional e promover a diversidade de vozes literárias.
Nesse contexto, o Sesc desmente veementemente os rumores infundados e informações falsas sobre qualquer tentativa de censura em relação ao livro “Outono de Carne Estranha”, do autor Airton Souza, vencedor da edição de 2023, bem como possíveis modificações no edital que viessem a propiciar o cerceamento na liberdade de escolha das obras selecionadas. Além disso, reitera a realização do Circuito dos Vencedores, com a participação dos premiados Airton Souza e Bethania Pires Amaro, que será iniciado nos próximos meses.
O Prêmio Sesc de Literatura sempre foi pautado pela imparcialidade, com decisões soberanas de comissões julgadoras formadas por escritores renomados, que selecionam as obras com base exclusivamente na qualidade literária. No edital da edição 2024 do projeto, já disponível em nosso site oficial, podem ser conferidos todos os detalhes do processo de julgamento das obras, com a transparência que a Instituição preza em todas as suas ações. O processo de inscrição permite que os livros sejam submetidos de forma anônima pela internet, o que garante a equidade na avaliação.
A partir desse ano, o Prêmio Sesc também amplia seu escopo. Além de incorporar a categoria Poesia – a premiação era composta até ano passado apenas pelas categorias Conto e Romance – atendendo a uma antiga demanda do público, o projeto passa a receber obras destinadas a todos os públicos, quando antes permitia a inscrição apenas de trabalhos voltados ao público adulto. Dessa forma, contempla um número maior de participantes, não havendo qualquer prejuízo aos escritores que produzem ficção para o público adulto.
Outra novidade é a premiação em dinheiro para os vencedores de cada categoria, no valor de R$ 30 mil (cada), e a publicação das obras selecionadas pela Editora Senac Rio, com uma tiragem inicial mínima de 2.000 exemplares. Também haverá menção honrosa a obras finalistas escritas por trabalhadores do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Essas novidades reforçam o compromisso do Sesc em apoiar e promover a diversidade literária brasileira, incentivando novos talentos e proporcionando uma plataforma para a expressão criativa.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas gratuitamente até o dia 22 de abril, de forma online, em www.sesc.combr/premiosesc.
Concurso literário vem repleto de novidades, como nova categoria e também premiação em dinheiro.
O Prêmio Sesc de Literatura chega a sua 21ª edição com um formato ampliado e que valoriza ainda mais os talentos revelados. Reconhecida como uma das mais importantes e consagradas premiações para escritores estreantes nas categorias Romance e Conto, o projeto a partir deste ano conta com mais um gênero: a Poesia. Além disso, os vencedores também receberão uma premiação em dinheiro no valor de R$ 30 mil, e suas obras serão publicados pela Editora Senac Rio, com uma tiragem inicial mínima de 2.000 exemplares. As inscrições poderão ser feitas gratuitamente até o dia 22 de abril, de forma online.
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“Quando o Prêmio Sesc de Literatura surgiu, em 2003, tinha apenas a categoria Romance. Dois anos depois incorporamos a categoria Conto, como forma de permitir que mais escritores tivessem espaço de mostrar seus trabalhos. Ao longo de 20 anos, o projeto revelou obras de extrema qualidade literária e entendemos que era o momento de revermos o projeto, para torná-lo mais próximo do cenário literário e dos demais concursos realizados na área de Literatura. Dessa forma, resolvemos incluir a categoria Poesia, uma antiga demanda de autores, e proporcionar a premiação em dinheiro, como forma de valorizar os escritores e incentivá-los a continuarem produzindo novas obras”, disse a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.
As obras inscritas são analisadas por comissões julgadoras de diferentes regiões do país, compostas por renomados escritores, jornalistas e críticos literários. O processo de avaliação tem como base o anonimato tanto dos autores quanto do júri, garantindo a lisura do projeto e a liberdade de análise dos jurados, que fazem a seleção pelo mérito literário dos trabalhos, com soberania sobre a decisão final.
As obras selecionadas pelo Prêmio Sesc de Literatura nesses 20 anos abordaram as mais diferentes temáticas, representando um reflexo de questões de grande relevância discutidas pela sociedade. Racismo, questões ambientais, diversidade de gênero, fatos históricos e comportamento social são assuntos que compõem as obras reveladas pelo projeto. “Podemos dizer que o Prêmio Sesc de Literatura acompanha a história do país nessas últimas duas décadas, mostrando por meio dos livros selecionados um retrato de diversas questões debatidas na nossa sociedade. E esse é um importante papel da Literatura, que o Sesc leva aos brasileiros por meio desse projeto”, esclarece Janaina Cunha.
Os livros selecionados serão apresentados ao público em uma cerimônia com a presença dos autores. Além disso, após a publicação, serão distribuídos na rede de bibliotecas e escolas do Sesc localizadas em todas as regiões do país. Os escritores participarão, ainda, do lançamento de suas obras em eventos culturais promovidos pelo Sesc no ano de 2025.
A Premiação
O Prêmio Sesc de Literatura é um dos mais importantes e consagrados do país na distinção de escritores inéditos. O Prêmio avalia trabalhos com qualidade literária para edição e circulação nacional. Ao oferecer oportunidades aos novos escritores, impulsiona a renovação no panorama literário brasileiro e enriquece a cultura nacional. Desde a sua criação em 2003, quase 20 mil livros foram inscritos e 37 novos autores revelados. Em 2023, os vencedores foram Airton Souza e Bethânia Pires Amaro, com o romance Outono de Carne Estranha e a coletânea de contos O ninho, respectivamente.
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Projeto aproxima jovens da música clássica em todas as regiões do Brasil.
O direito a atividades culturais é garantido no artigo 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas ainda hoje, a oferta de equipamentos de cultura é escassa em diversas localidades do país. Segundo um estudo recente do IBGE, menos de um terço das cidades brasileiras têm acesso a museus, apenas 23,3% dos municípios contam com teatros ou salas de espetáculos e 9% têm cinemas.
O Sesc mantém em todo o país uma ampla estrutura que propicia a realização de atividades culturais nas mais diversas linguagens. Na música, um dos projetos de destaque junto ao público jovem é o Sesc Orquestras Jovens. Criado em 2004 e atualmente presente em onze estados, o projeto vem transformando a vida de centenas de adolescentes com cursos de instrumentos e prática de conjuntos, unindo educação musical e inclusão social.
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Um dos estados que desenvolve o projeto é Roraima, na região Norte. O professor Ramón Antonio Pérez Infante é violista e professor da orquestra há mais de dois anos. Ele conta, orgulhoso, como o projeto oferece a oportunidade para que os jovens conheçam um instrumento musical. “Ao aprender sobre música, elas ampliam sua capacidade intelectual e têm a experiência única de participar de eventos, como recitais e concertos, aprendendo a trabalhar e a interagir em grupo”, comenta.
Em todo o Brasil
As histórias de aprendizado estão por todo o país. Raniel Pereira Doria, de 16 anos, mora em Aracaju (SE) e ingressou nas atividades do Sesc em 2021 fazendo coro. Ele decidiu explorar novas habilidades e ingressou na orquestra.
“O Sesc me abriu portas onde eu não imaginava conseguir entrar, pois minha condição social não era tão boa. Graças ao projeto, estou conseguindo adquirir sabedoria e conhecimento não só na música, mas para a vida”, afirma. Hoje, Raniel toca viola de arco e conta como o projeto contribuiu para seu desenvolvimento intelectual. “Tive a oportunidade de estudar vários instrumentos e consegui aprender a me disciplinar e a melhorar minha rotina nos estudos”.
Outro aluno que compartilha a mesma opinião é o também venezuelano Luis Santiago Palma Paez, 24 anos, de Boa Vista (RR). Ele toca viola clássica e, quando veio para o Brasil, um dos objetivos era conseguir se dedicar mais à música. “A partir do projeto, consegui expandir meus contatos com maestros mais experientes, desenvolver novas capacidades e adquirir novos conhecimentos”, diz.
Também de Roraima, Flávio Luis Souza Rocha, 19 anos, conta que consegue conciliar a rotina da música com estudos e o trabalho. “Ter ferramentas, espaço e horários que facilitam o meu contato com a música ajuda muito no meu desenvolvimento Temos estrutura, locais para estudar e ensaiar e tudo o que é necessário para o aprendizado não só da música, mas também sobre profissionalização nessa área de conhecimento”, comemora o jovem, que hoje faz faculdade de licenciatura em Música.
Festival Internacional Sesc de Música
Além de oferecer aprimoramento com professores consagrados, a iniciativa estimula o encontro dos alunos para gerar desenvolvimento artístico, pessoal e profissional. Uma das programações mais fortes do projeto é a participação no Festival Internacional Sesc de Música, que acontece todos os anos em Pelotas (RS). Um dos maiores eventos de música de concerto da América Latina, reúne estudantes e profissionais de diversas regiões do país e do mundo para apresentações em espaços públicos e cursos que produzem uma grande troca de conhecimentos entre estudantes e profissionais de música.
“É uma experiência fantástica, que nos ajuda a viver a música em sua forma mais pura, promovendo o encontro de pessoas de origens e culturas diferentes, mas com o gosto e compromisso em comum pela música”, exalta o aluno Luis Santiago Palma Paez.
Azahel Alejandro Orta Camacho, 24 anos, participou de três edições do e afirma que o evento proporciona uma conexão muito profunda com professores nacionais e internacionais, estimulando ainda mais a prática musical. “É uma semana intensa de muita música, não só erudita como também popular. Para nós, esse contato com a versatilidade da música representa uma experiência de inclusão social e um grande estímulo para continuarmos aprendendo cada vez mais”.
Para Flávio Luis Souza Rocha, participar do Festival de Pelotas foi um sonho e uma experiência únicos. “Durante o evento tive a oportunidade de conhecer pessoas dos Sesc de outros estados e isso me proporcionou uma conexão como nunca imaginei. É uma programação que promove a música e que também inclui as pessoas por meio da arte”.
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O QUE ACONTECE COM MINHA OBRA?
BOLOLÔ: GAIOLA VAZIA / Categoria Romance
Sobre o autor Ricardo Maurício, carioca radicado em Vitória, é um artista multifacetado que transita entre as artes visuais, o teatro e a literatura. Professor na UFES há mais de duas décadas, sua trajetória artística é marcada pela exploração de temas como imagem, corpo e tempo, através de performances e intervenções no espaço público. Sua paixão pela palavra o levou a escrever contos, sendo duas vezes finalista do Prêmio Sesc de Literatura, e culminou no lançamento do romance “Bololô: Gaiola Vazia”, inspirado em um de seus contos premiados.
Sobre o livro Bololô: Gaiola Vazia é uma narrativa intensa e envolvente que acompanha a vida de Roque Perigo e seus irmãos. Um relato visceral sobre uma família lidando com traumas e a luta para encontrar sentido em meio à dor e à violência. “É um romance diferente, que tem um lado de realismo imaginário e uma linguagem sucinta, herdada do conto”, explica. Sobre a conquista, é categórico: “Sem dúvida, é uma oportunidade inigualável. Porque você até pode publicar um livro por uma editora, mas ganhar o Prêmio Sesc dá um destaque de ser ‘o livro de romance’”, concluiu
A GLÓRIA DOS CORPOS MENORES / Categoria Conto
Sobre o autor Patrícia Lima, 38 anos, funcionária da Unesp de Bauru e formada em Letras, é autora do livro de poesias O amor é um solo de jazz e coordena o clube de leitura Cevadas Literárias, que promove debates sobre literatura em bares. Amante de gatos, Patrícia conheceu o Prêmio Sesc de Literatura em 2012 com o livro Réveillon e outros dias de Rafael Gallo e, desde então, admira autores como Juliana Leite, Tobias Carvalho, Marta Barcellos e Tônio Caetano.
Sobre o livro “A glória dos corpos menores” é um livro de 11 contos que aborda temas como envelhecimento, solidão e invisibilidade, além de experiências extremas da condição humana. Embora inclua temas como suicídio e feminicídio, o foco está na complexa relação dos personagens com a existência. A autora se emocionou ao receber a notícia de que seu livro foi premiado, descrevendo o momento como inesquecível. Ela destaca o Prêmio Sesc de Literatura como o mais relevante para autores estreantes no Brasil, elogiando sua estrutura e a oportunidade de publicação e divulgação nacional.
CONTRA A PAREDE/ Categoria Poesia
Sobre o autor Antonio Veloso Maia, servidor público da Prefeitura do Rio de Janeiro, se descreve como leitor, cinéfilo e avô de Julia e Junior. Aos 73 anos, ele tem uma vasta trajetória, tendo vivido no Ceará nos anos 1990 e participado de vários concursos literários. Conheceu o Prêmio Sesc de Literatura nos seus primeiros anos e, embora esta fosse sua primeira participação, ficou surpreso ao ser o vencedor na categoria Poesia, após competir com mais de 1,4 mil inscritos. Ele já admirava obras premiadas, como A secretária de Borges, de Lucia Bettencourt.
Sobre o livro
Antonio Veloso Maia surpreende com Contra a Parede, uma coleção de poemas que explora introspecção, linguagem e desconforto existencial. A obra desafia convenções poéticas e ortográficas, oferecendo uma reflexão profunda sobre a vida e as limitações da linguagem. O livro convida os leitores a uma leitura atenta, desafiando-os a confrontar as “paredes” que limitam a compreensão.
O Ninho / Categoria Conto
Sobre a autora Nascida em Pernambuco, Bethânia Pires Amaro, 34 anos, passou a infância no interior da Bahia e há nove anos se mudou para São Paulo (SP). Ela é advogada pública e trabalha na Secretaria Municipal de Educação do Município de São Paulo. Escreve desde criança, mas na pandemia decidiu se dedicar à literatura cotidianamente, assim como a pesquisas sobre a maternidade.
Sobre o livro Os contos de O ninho dissecam as relações familiares sob a ótica feminina e buscam dessacralizar a casa como um lugar idílico e de segurança afetiva. As histórias vão se desenrolando para trazer à luz a disfuncionalidade do ‘lar’, em que o amor muitas vezes se mistura a dores e cicatrizes.
OUTONO DE CARNE ESTRANHA/ Categoria Romance
Sobre o autor O paraense de 41 anos nasceu em Marabá (PA), onde mora. É professor de História para crianças e adolescentes do Ensino Básico e Mestre em Letras. Atualmente, cursa um doutorado em Comunicação, Cultura e Amazônia pela UFPA.
Sobre o livro A narrativa remonta os anos 1980, no final da ditadura, quando dois homens se encontram e se apaixonam em pleno garimpo de Serra Pelada, onde relacionamentos homoafetivos eram proibidos, segundo a lei não escrita local. A violência, a paixão, o amor, a intervenção do Estado e a busca desenfreada pelo ouro se interconectam na mesma paisagem árida.
Mikaia / Categoria Romance
Sobre o autor A gaúcha Taiane Santi Martins, 34 anos, da cidade de Vacaria (RS), é editora da revista Travessa em Três Tempos desde 2010.
Sobre o livro O romance Mikaia narra a história de três gerações de mulheres que viveram e fugiram da guerra civil moçambicana. O livro joga com as diferentes maneiras de se lidar com um passado traumático. Enquanto Mikaia – uma dançarina de ballet que sofre uma amnésia repentina – quer lembrar, sua irmã, Simi, quer esquecer e sua avó, Shaira, decide silenciar. O desenrolar da trama se dá no embate entre as tentativas de Mikaia em recuperar um passado que lhe foi roubado, os retalhos de memória que lhe voltam confusos e a resistência de Simi em renunciar a uma infância inventada e cultivada por vinte anos às custas do esquecimento.
CORPOS BENZIDOS EM METAL PESADO / Categoria Romance
Sobre a autora O paraense Pedro Augusto Baía, 35 anos, é analista judiciário (psicólogo) no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com Doutorado em Psicologia Forense na Universidade de Coimbra. Nascido no município de Abaetetuba (PA), tem fascínio pela leitura e escrita desde a infância.
Sobre o livro Nestes contos, Pedro tentar descrever um mosaico de geografias, povos, sentimentos e experiências que denunciam as violências, invasões e destruições no Norte do Brasil e aos corpos que lá residem. E que, neste processo de devastação, resiste uma voz, um grito, uma reza ancestral da natureza, um pedido de socorro transmutado neste livro.
O RÉPTIL MELANCÓLICO / Categoria Romance
Sobre o autor Fábio Horácio-Castro, paraense e jornalista de formação, tem 52 anos, é professor universitário e venceu com o romance O réptil melancólico.
Sobre o livro A narrativa parte do retorno de Felipe para sua cidade, após longa estadia fora do país. Ele seguira para o exílio na primeira infância, levado por sua mãe, militante política perseguida e torturada pelo regime militar brasileiro. Nesse processo de retorno, restabelece contato com a família paterna, particularmente com seu primo Miguel, que está fazendo o caminho oposto: o de partir da cidade.
O QUE A CASA CRIOU / Categoria Conto
Sobre o autor O pernambucano Diogo Monteiro, de 43 anos, também é jornalista e atua com pesquisa de opinião e estratégia. Ele conquistou a premiação com o livro O que a casa criou.
Sobre o livro O que a casa criou é um livro sobre o espanto. Todos os seus 16 contos, inclusive o que dá nome ao volume, tratam de alguma forma sobre a possibilidade de encontrar o inusitado a qualquer momento, na virada de uma esquina ou no abrir de uma porta. São histórias sobre a fragilidade do real e do nosso confortável conceito de realidade, e sobre como a quebra dessa normalidade age sobre pessoas, lugares e coisas.
ENCONTRO VOCÊ NO OITAVO ROUND / Categoria Romance
Sobre o autor Caê Guimarães nasceu em 1970 no Rio de Janeiro. Foi criado no Espírito Santo, onde vive atualmente. É poeta, escritor, jornalista, redator e roteirista. Publicou diversos livros de poesia.
Sobre o livro Em uma narrativa que trata de redenção, um pugilista se debate entre um incômodo zumbido e a memória de outra ocupação antes de se dedicar ao boxe. Dias antes da sua última luta, ele conhece uma jornalista disposta a desvendar o que o fez tomar o caminho dos ringues.
TERRA NOS CABELOS / Categoria Conto
Sobre o autor Tônio Caetano nasceu em Porto Alegre/RS, em 1982. Trabalha como servidor público municipal e é especialista em Literatura Brasileira pela PUC-RS. Já participou de várias antologias literárias.
Sobre o livro Os contos de Terra nos Cabelos se propõem a uma espécie de investigação do íntimo, das descobertas do outro, e instigam o leitor a mergulhar na vida dos personagens. Tônio Caetano costura as histórias com um fio invisível em que a ambiência se amalgama a um sentimento difuso de inadequação, de não pertencimento”, escreve Marcelo Moutinho no texto de orelha da obra.
O LEGADO DE NOSSA MISÉRIA / Categoria Romance
Sobre o autor Felipe Holloway nasceu em Canindé/CE e vive em Cuiabá. É professor de Língua Portuguesa da rede estadual, formado em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e mestrando em Estudos Literários pela mesma instituição.
Sobre o livro Um crítico de literatura e professor universitário é convidado para um evento sobre Jornalismo Literário numa fictícia cidade do interior de Minas Gerais, onde conhece pessoalmente um famoso escritor cuja obra sempre havia admirado. No evento, os personagens rememoram suas respectivas carreiras – uma trajetória em que a paixão pela arte foi muitas vezes empregada como atenuante para condutas imorais, e na qual os fracassos éticos e estéticos se alternam.
O DOCE E O AMARGO / Categoria Conto
Sobre o autor João Gabriel Paulsen nasceu e vive em Juiz de Fora/MG. É estudante de Filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Sobre o livro “O doce e o amargo” é uma coletânea composta por nove contos. São histórias aparentemente desconexas, que tratam das tensões geracionais e os conflitos trazidos pelos ritos de passagem, permeados pela tensão entre aproximação e distanciamento do outro.
ENTRE AS MÃOS / Categoria Romance
Sobre a autora Nasceu em Petrópolis (RJ), em 1983. Graduada em Comunicação Social e Mestre em Literatura Comparada, pela UERJ, ganhou o Prêmio Sesc de Literatura e o APCA por seu romance de estreia, Entre as mãos (Record, 2018).
Sobre o livro O romance gira em torno de uma tecelã que, depois de um grave acidente, precisa retomar seus dias, reaprender a falar e levar consigo dolorosas cicatrizes — não apenas no corpo. Com personagens e tempos narrativos que se atravessam como fios trançados, este romance tem a marca de peça única, debruçando-se sobre questões como sobrevivência e ancestralidade, mas também amor e mistério a partir do corpo, do trabalho e dos gestos da protagonista, em duas fases de sua vida.
AS COISAS / Categoria Conto
Sobre o autor Tobias Carvalho nasceu em Porto Alegre em 1995. Cursa Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e já participou de oficinas literárias. As coisas é seu livro de estreia.
Sobre o livro Sensível e implacável por trás de uma escrita limpa e simples, As coisas traz uma costura de vivências humanas sob a ótica de um jovem homossexual. O personagem constante dessas histórias trabalha, viaja, estuda, cruza ruas de metrópoles agitadas, passa horas em aplicativos de encontros. Não há maquiagens para a solidão, nem disfarce para o sexo. Ele sente, ele quer, ele ganha e perde, transformando-se de história em história e construindo um arco narrativo que alicerça todo o livro.
O ABRIDOR DE LETRAS / Categoria Conto
Sobre o autor João Meirelles Filho é ecritor, ativista ambiental e empreendedor social. Trabalha há vinte anos no Instituto Peabiru, organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que atua no campo dos direitos sociais e ambientais. Nascido em São Paulo, dedica sua vida à Amazônia e, em especial a Belém, no Pará, onde reside desde 2004.
Sobre o livro Com oito contos, a obra representa a sua primeira incursão no campo da ficção depois de trinta e cinco anos como escritor. Em comum, trata da relação do homem e o desconhecido na Amazônia – seja diante do impacto de mudanças climáticas, seja das encantarias. O autor se interessa pelos que vivem na fronteira, onde as questões estão por resolver e a natureza predomina.
ÚLTIMA HORA / Categoria Romance
Sobre o autor Natural de Mossoró-RN, José Almeida Júnior é formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN, com pós-graduação em Direito Processual pela Universidade do Amazonas-UNAMA. Reside há dez anos em Brasília, onde exerce o cargo de Defensor Público do Distrito Federal.
Sobre o livro O romance trata de uma narrativa histórica passada no jornal fundado por Samuel Wainer sob ponto de vista de um personagem fictício chamado Marcos. Por ter sido vítima de tortura no Estado Novo, Marcos reluta em trabalhar para o periódico, mas acaba aceitando a oferta de Wainer em razão de problemas financeiros. Vivendo o dilema de escrever para um jornal que apoia o governo de Vargas, Marcos acompanha a Última Hora desde a fundação até as crises que quase levam ao seu fechamento.
RECEITA PARA SE FAZER UM MONSTRO / Categoria Conto
Sobre o autor Mário Rodrigues é pernambucano de Garanhuns. Escritor, professor de português, literatura e redação, publicou, em 2018, o romance “A Cobrança”.
Sobre o livro A obra é uma coletânea de contos curtos que tem como inspiração inicial cenas da infância – em um recorte temporal bem específico dos anos 1980. A narração dasbrincadeiras, das descobertas, daspersonalidades e dos amores compõe um pano de fundo sentimental para quem viveu no início da década.
Sobre o autor Franklin Carvalho é bacharel em Comunicação Social pela UFBA e pós-graduado em Direito do Trabalho. O seu livro “Céus e terra” foi o vencedor do Prêmio Sesc de Literatura- Categoria Romance de 2016, e do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Autor Estreante (mais de 40 anos).
Sobre o livro O romance conta a história do menino Galego, que aos doze anos é convocado para salvar um cigano crucificado e acaba morrendo. Transcendendo a morte, Galego acompanhará uma família de pessoas bastante simples do sertão baiano, observando seus momentos.
ANTES QUE SEQUE / Categoria Conto
Sobre a autora Jornalista formada pela UFRJ e mestre em literatura pela PUC-Rio, a carioca Marta Barcellos trabalhou durante 18 anos em alguns dos principais jornais do país (O Globo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico). É colunista da revista Capital Aberto e do site Digestivo Cultural.
Sobre o livro Os 24 contos de ‘Antes que seque’ giram em torno da classe média alta e seus códigos; a promessa de felicidade que não se cumpre em padrões de consumo e aparências; a urgência e o mal estar de se viver em uma sociedade de contrastes. Costurando os contos, 12 mulheres se defrontam com uma mesma impossibilidade: a de engravidar e corresponder a uma figura maternal idealizada.
DESESTERRO/ Categoria Romance
Sobre a autora Sheyla Smanioto é formada em Estudos Literários e mestra em Teoria e História Literária pela Unicamp. Publicou, em 2012, o livro de poemas “Dentro e folha”, pelo coletivo Dulcineia Catadora.
Sobre o livro O romance é feito de muitas vozes, de sonhos, de fotografias imaginadas, de uma menina sem nome e de uma avó cansada. Trata-se de uma história sobre metamorfoses feita de uma mulher com nossos destinos gravados na pele, de um homem com cães latindo dentro dele e de uma cidade faminta.
PARAFILIAS / Categoria Conto
Sobre o autor Alexandre Marques Rodrigues é escritor e bancário. Formado em psicologia, lançou em 2016 o seu primeiro romance: “Entropia”. É autor do blog www.amarquesrodrigues.com.
Sobre o livro Os contos de “Parafilias” tratam da solidão sob a abordagem das perversões sexuais. As dificuldades de comunicação dos relacionamentos são o principal tema da obra.
ENQUANTO DEUS NÃO ESTÁ OLHANDO / Categoria Romance
Sobre a autora Débora Ferraz é escritora e jornalista. Além de vencer o Prêmio Sesc de Literatura – Categoria Romance, o seu livro “Enquanto Deus não está olhando”, foi o vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura de 2015, na categoria autor estreante (menos de 40 anos).
Sobre o livro O romance é sobre o que a autora chama de instante modificador, aquele ínfimo de segundo que pode transformar completamente a trajetória de alguém. Também é sobre a relação pai e filha, a perda, a insegurança de ingressar na idade adulta sem preparo. A narrativa é não linear como o fluxo de pensamento.
NOVELETAS / Categoria Conto
Sobre o autor O autor nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em São Paulo desde 2006. Tem formação musical pela Puc-Rio, é redator publicitário e baterista de garagem. Seu primeiro livro foi “Noveleletas”.
Sobre o livro O livro apresenta cinco contos, sendo quatro deles ambientados em um universo ficcional do interior brasileiro. O regionalismo, o folclore, a fantasia, a religiosidade e a relação entre o povo e o coronel são aspectos abordados na obra, que possui inspiração em autores como Guimarães Rosa e Lúcio Cardoso. Sua narrativa transita entre versos e prosas, apresentando uma linguagem inovadora.
O EVANGELHO SEGUNDO HITLER / Categoria Romance
Sobre o autor Débora Ferraz é escritora e jornalista. Além de vencer o Prêmio Sesc de Literatura – Categoria Romance, o seu livro “Enquanto Deus não está olhando”, foi o vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura de 2015, na categoria autor estreante (menos de 40 anos).
RÉVEILLON E OUTROS DIAS / Categoria Conto
Sobre o autor Rafael Gallo é autor de Réveillon e outros dias (Record, 2012), vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2012 e finalista do Prêmio Jabuti na categoria Conto. Em 2015, o seu livro “Rebentar” (Editora Record) foi o vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura de 2016 na categoria Romance.
Sobre o livro Na obra, o autor apresenta diversas experiências humanas através de dez contos que abordam temáticas de conflitos familiares, sociais e individuais. As relações entre as personagens, as dúvidas, os questionamentos e as reflexões, mostram como as interações humanas são complexas, podendo ser extremamente profundas ou muito superficiais.
QUIÇÁ / Categoria Romance
Sobre a autora Luisa Geisler é autora de Contos de Mentira (Record, 2011) e Quiçá (Record, 2012), ambos vencedores do Prêmio Sesc de Literatura e finalistas do Prêmio Jabuti. Quiçá – que já foi publicado na Espanha – também foi finalista do Prêmio Machado de Assis e do Prêmio São Paulo de Literatura. Os seus textos já foram publicados em mais de dez países. Em 2012 foi selecionada pela revista britãnica Granta como uma das melhores autoras brasileiras com menos de 40 anos.
Sobre o livro Na obra Quiçá, a autora Luisa Geisler aborda as relações familiares, os conflitos de gerações e o desgaste dos relacionamentos interpessoais. Os protagonistas do romance são Clarissa, de 11 anos e seu primo Arthur, 18. Através da percepção de ambos é possível identificar o medo da solidão e do esquecimento, conflito presente em uma sociedade cada vez mais globalizada, porém mais solitária.
CONTOS DE MENTIRA / Categoria Conto
Sobre o autor Luisa Geisler venceu o Prêmio Sesc de Literatura 2011, na categoria Conto, quando tinha apenas 19 anos. É autora de Contos de Mentira (Record, 2011) e Quiçá (Record, 2012), ambos vencedores do Prêmio Sesc de Literatura e finalistas do Prêmio Jabuti. Em 2012 foi selecionada pela revista britânica Granta como uma das melhores autoras brasileiras com menos de 40 anos.
Sobre o livro Breves histórias que são verdadeiros curtas cinematográficos, cheios de desafios e determinação. Na coletânea Contos de Mentira, as personagens estão em trânsito, suspensas entre um fato e outro, um gesto e outro, uma e outra espera. Dessa suspensão emerge o ser humano sempre solitário, envolto no tempo que passa lentamente sem trazer a possibilidade de redenção ou apenas de acolhimento.
HABEAS ASAS, SERTÃO DE CÉU! / Categoria Romance
Sobre o autor Arthur Martins Cecim nasceu em Belém do Pará, em 1971. Professor e tradutor do inglês, estudante de filosofia, venceu o Prfêmio Sesc Literatura- Categoria Romance, com Habeas asas, sertão de céu!
Sobre o livro Romance mítico, em que as vidas dos homens são complexificadas com as vidas dos pássaros. Habeas Asas, sertão de céu! é um parábola, na qual elementos sagrados e profanos, mundanos e supramundanos, coexistem como um só, vistos no mesmo espelho da alma. O livro é uma buca pela bem-aventurança na terra. Ele fala de um sertão da alma, que habita em todos nós, todos os seres do universo.
CAVALA / Categoria Conto
Sobre o autor Sérgio Tavares é jornalista e escritor, autor de ‘Queda da Própria Altura’ (Confraria do Vento/2012) e ‘Cavala’ (Record/2010), com o qual conquistou o Prêmio Sesc de Literatura – Categoria Conto. Os seus textos já foram publicados em jornais, revistas e sites literários nacionais e internacionais.
Sobre o livro Coletânea de quatro contos, “Cavala” apresenta ao leitor tramas que se localizam no limiar entre a loucura e o sexo. São personagens acometidos de compulsões, desvios patológicos, que tenham uma espécie de refúgio em amores, lembranças ou dores. Narradas em primeira pessoa, as histórias conduzem o leitor por situações onde o real e o irreal equilibram-se numa linha tênue. Histórias que se baseiam, segundo o autor, em tramas retiradas da sua vivência no jornalismo.
PROSA DE PAPAGAIO / Categoria Romance
Sobre a autora Gabriela Gazzinelli nasceu em Belo Horizonte, em 1982. É mestre em Filosofia, pela UFMG, e Diplomacia, pelo IRBr. “Prosa de papagaio” (Record, 2010), seu primeiro romance, recebeu o Prêmio Sesc de Literatura 2009, e foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2010 (categoria autor estreante).
Sobre o livro “Prosa de Papagaio” é a história de uma família contada por seu papagaio, Louro. Compõe-se de pequenos episódios da vida cotidiana, que o papagaio colore com suas ideias filosóficas, literárias e outras. A visão de pássaro, errática e ligeira, revela, aos poucos, fragilidades e anseios das diferentes personagens. Através do olhar do outro, da figura híbrida de uma ave que fala, que observa e narra um mundo ao qual não pertence, a autora leva o leitor a pensar a questão da alteridade, o olhar e o ser o outro, dois lados da mesma moeda.
MENTIRAS DO RIO / Categoria Conto
Sobre o autor É escritor, jornalista e artista plástico. Seu livro de contos “Mentiras do Rio” recebeu o Prêmio Sesc de Literatura em 2008 na categoria Conto. Com mais de trinta anos de carreira, trabalhou nos principaís veículos de comunicação do país. Em 2014, lançou o livro-reportagem “Ascensão e Queda do Império X”.
Sobre o livro Os contos de Mentiras do Rio retratam os dois lados da vida no Rio de Janeiro: o cotidiano em uma bela cidade onde vivem pessoas interessantes, e, ao mesmo tempo, a tensão da violência do mesmo dia a dia. A obra aborda ainda as relações entre ficção e relato jornalístico ao rememorar vivências pessoais e profissionais da época em que o autor vivia no Rio de Janeiro.
O MOMENTO MÁGICO / Categoria Romance
Sobre o autor Marcio Ribeiro leite é médico, escritor e membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames). Venceu o Prêmio Sesc de Literatura 2008 com o livro “O momento mágico”. O seu romance, “Pelas frestas do telhado”, ganhou o Prêmio Internacional da UBE-RJ em 2011.
Sobre o livro A obra aborda as constatações da vida na velhice. O personagem, um homem de 88 anos, deseja dramaticamente a morte, sem ser contemplado por ela. A narrativa retrata uma autoanálise do personagem por meio das lembranças do passado e a procura final por provas de que ainda esteja vivo.
BEIJANDO DENTES / Categoria Conto
Sobre o autor Maurício de Almeida nasceu em Campinas em 1982. É autor de Beijando dentes (Record, 2008), livro vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2007 na categoria Conto. Participou das coletâneas: Como se não houvesse amanhã (Record, 2010) e O Livro Branco (Record, 2012).
Sobre o livro O livro trata dos problemas de comunicação entre as pessoas por meio de contos fortes, tanto pela temática, geralmente sombria, como pela linguagem. A partir de cenas e diálogos banais do cotidiano, os textos avaliam as tensões nas relações humanas por meio de personagens extasiados.
ZÉ, MIZÉ, CAMARADA ANDRÉ / Categoria Romance
Sobre o autor Sérgio Guimarães: “Sou caipira de Santo Anastácio desde 1951. Um tal Zé, Mizé, Camarada André – noticia de Angola, romance, foi prêmio Sesc 2007, no susto. Professor mais que primário. Casei uma vez e, com a baiana, fizemos três. Já com Paulo Freire, foram seis livrinhos educados. Por ora, respiro, estudo e professo em Buenos Aires. Mais curto que isso, melhor me calo.”
CORREIO LITORÂNEO / Categoria Conto
Sobre o autor Nereu Afonso da Silva nasceu em São Paulo, em 1970. Formado em Filosofia pela USP, enveredou para o teatro e estudou na École de Théâtre Jacques Lecoq, em Paris. Em 2010, participou da coletânea Como se não houvesse amanhã (Ed. Record).
Sobre o livro Os contos circundam notícias de um jornal fictício homônimo ao livro. As oito histórias da obra, dividida em dois blocos denominados “uns” e “outros”, são trabalhadas pelo autor com humor e lirismo. Os temas percorrem as cenas do cotidiano dando voz à sabedoria, ao crime, à viagem para a solidão, à morte, ao amor e à falta dele.
CASA ENTRE VÉRTEBRAS / Categoria Romance
Sobre o autor Wesley Peres é escritor, psicanalista, Doutor em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (UNB). É autor dos Romances: As Pequenas Mortes (Rocco, 2013) e Casa entre Vértebras (Record, 2007), vencedor do Prêmio Sesc de Literatura de 2006, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2008.
Sobre o livro O romance gira em torno das tentativas de um homem em escrever uma carta sobre si mesmo para uma certa personagem chamada Ana. Por meio dessas cartas nunca escritas, ele sugere a intenção de se autoenviar a ela. Com texto construído à base de prosa poética, o narrador tenta compor um dicionário de si próprio com um anseio de ordem e harmonia, como um conjunto de vértebras.
A SECRETÁRIA DE BORGES / Categoria Conto
Sobre o autor A carioca Lúcia Bettencourt costuma dizer que vive por escrito. Entre os prêmio que recebeu destacam-se: o Prêmio Sesc, Josué Guimarães e Osman Lins. O seu livro: “O Banquete: uma degustação de textos e imagens”, recebeu o prêmio de ensaios da Academia Brasileira de Letras.
Sobre o livro A narrativa de “A secretária de Borges” gira em torno de situações drásticas de mudanças nas vidas dos personagens. Como no conto “O divórcio”, em que uma mulher sente em plenitude a potencialidade de sua nova situação. Outro conto em que a personagem feminina passa por uma arrepiante mudança de opinião – na verdade, quase uma mudança mais radical de postura – é o bem-humorado “Tatuado no braço”.
HOJE ESTÁ UM DIA MORTO / Categoria Romance
Sobre o autor André de Leones nasceu em Goiânia, em 1980. Venceu o Prêmio Sesc de Literatura em 2005 com o romance “Hoje está um dia morto”, publicado pela Editora Record. É autor dos romances “Terra de casas vazias”, “Dentes negros” e “Como desaparecer completamente”, lançados pela Rocco.
Sobre o livro “Hoje está um dia morto” é um romance metalinguístico sobre o suicídio. O livro aborda as ambições comuns e a falta de utopias de toda uma geração de jovens, como os personagens Jean e Fabiana, que lutam para escapar de uma vida cheia de tédio, tristezas e incertezas. Ainda assim, não é (apenas) um livro sobre jovens ou uma suposta falta de perspectivas, mas também sobre a própria gênese e a construção de uma narrativa, sim, ficcional.
AS NETAS DA EMA / Categoria Romance
Sobre o autor Eugenia Zerbini, nasceu e vive em São Paulo. Tem formação em Direito (bacharelado, mestrado e doutorado) e contos publicados na revista Cult, jornal Rascunho e blog “Prosa e Verso” (jornal “O Globo”). É colunista no site Digestivo Cultural (www.digestivocultural.com.br).
Sobre o livro O título do romance faz referência à Emma Bovary, a magistral personagem de Gustave Flaubert, uma mulher que se perdeu da realidade por se apegar insanamente a um sonho. Na obra de Eugenia Zerbini, a personagem se vê diante da possibilidade de morrer e, a partir de então, reflete sobre a vida e a situação das mulheres de sua geração.
SANTO REIS DA LUZ DIVINA / Categoria Romance
Sobre o autor Marco Aurélio Cremasco nasceu em Guaraci, interior do Paraná. É professor titular em engenharia química na Unicamp, Campinas. Foi o vencedor do primeiro Prêmio Sesc de Literatura, em 2003, com o Romance “Santo Reis da Luz Divina”. Em 2010 foi contemplado com a Bolsa Funarte de Criação Literária para a escrita do romance “Evangelho do Guayrá”.
Sobre o livro O romance aborda temas como amor e guerra, aventura e desventura, lealdade, pioneirismo e traições em um tempo atravessado de história e política. Por meio de pesquisas históricas, lembranças pessoais e muita imaginação, o autor abre o cruzamento de diversas sagas familiares entre o período da Guerra do Paraguai até o Governo Collor.
Não. Na primeira página da obra a ser anexada deverá constar apenas o título, a fim de garantir a lisura no processo de julgamento. O nome do arquivo deve ser apenas o título da obra inscrita. Em nenhum local da obra ou no nome do arquivo poderá constar o nome do candidato, caso em que a inscrição será invalidada.
Não. Os candidatos devem escrever apenas o título da obra a ser enviada. Vale lembrar que o nome do autor NÃO deve aparecer no texto.
Sim. Os títulos podem estar em CAIXA ALTA.
De acordo com o edital “Não serão aceitas inscrições com apenas um conto”. Ou seja, o candidato pode enviar no mínimo dois contos, desde que respeite o número de caracteres exigido no edital.
Publicação independente também vale como publicação, então no caso não pode participar. Mas, no edital diz que “Será permitida a inscrição de obra cuja pequena parcela do conteúdo tenha sido publicada em blogs pessoais ou revistas eletrônicas, desde que não ultrapasse 20% do total.” Portanto se você tiver 20% publicado e a outra parte da obra for inédita, poderá participar.
O autor não pode ter publicado anteriormente na categoria que se inscrever, mesmo que seja em blog. Mas tem uma cláusula no edital que diz: “Será permitida a inscrição de obra cuja pequena parcela do conteúdo tenha sido publicada em blogs pessoais ou revistas eletrônicas, desde que não ultrapasse 20% do total.” Portanto se você tiver 20% publicado e a outra parte da obra for inédita, poderá participar.
O Prêmio Sesc de Literatura não permite a inscrição de brasileiros residentes no exterior, pois no ano posterior à premiação os vencedores fazem um circuito intenso por todo o Brasil, e o fato de o escritor morar fora do país inviabiliza esse cumprimento.