Serviços do Sesc e do Senac são ampliados por meio de projetos que percorrem o país
Imagina só realizar o sonho de uma vida! Pois é exatamente isso que acontece com milhares e milhares de pessoas que são impactadas pelas unidades móveis do Sesc e do Senac, que proporcionam a extensão dos serviços das instituições ao alcançarem lugares com carência de ações de capacitação profissional, atividades de saúde e cultura. Elas permitem que mais pessoas tenham acesso às iniciativas do Sistema Comércio. E vamos contar as histórias de duas pessoas que viram suas vidas mudarem graças às unidades móveis.
Nazário Herenio, 59 anos, não tinha condições financeiras de pagar um tratamento dentário. Quando soube que o OdontoSesc, unidade móvel de serviços odontológicos, estava em Goiânia (Goiás), não pensou duas vezes e se inscreveu. Ele ainda está em tratamento por ter mordida cruzada, mas contou que antes não achava seu sorriso bonito e evitava fazer fotos de seu próprio rosto. Nazário elogia o atendimento de excelência e diz estar mais feliz hoje.
“O tratamento mudou minha autoestima. Poder mostrar o sorriso é a melhor coisa! É um ponto de referência da pessoa”, comemorou.
O sorriso também está estampado no rosto da Vivia Gonçalves de Lima Rodrigues, 34 anos. Graças à passagem da Unidade Móvel Senac Gestão e Informática por Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, ela completou o curso de Assistente Administrativo.
“O Senac é muito grande e tem uma ótima estrutura de aulas. Depois de um mês de formada, percebi que
ter o Senac no currículo foi um up, pois é
uma instituição bem conhecida. Foi aí que consegui meu emprego. Faz quase um ano que trabalho na área de RH e é uma realização”, comemorou Vivia.
As unidades móveis
O Sesc conta hoje com mais de 150 unidades móveis de Saúde (OdontoSesc, Sesc Saúde Mulher, Sesc Visão e Saúde Preventiva) e Cultura (BiblioSesc, TeatroSesc, CineSesc). Elas ampliam a atuação da instituição pelo Brasil, com atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social em diversos municípios ou comunidades de difícil acesso.
Já o Programa Senac Móvel conta com 86 carretas-escola e 1 balsa-escola que levam ensino, formação e, principalmente, novas oportunidades a lugares remotos do Brasil. Cada unidade móvel permanece, em média, 30 dias em cada município. Pode ser instalada em uma praça ou local de fácil acesso pela população. Depois de cumprida sua missão, parte para novo destino educacional.
As carretas são equipadas com a mais moderna tecnologia para ofertar aulas com o padrão de excelência Senac em diversos segmentos
Reflexões sobre uma imersão em Proteção de Dados e Inteligência Artificial
Durante toda minha vida profissional, a educação sempre me acompanhou. Hoje, estou na direção-geral do Serviço Social do Comércio, o Sesc, em que a educação é transversal e presente em todas as atividades. Passei anteriormente pelo Senac, uma instituição dedicada à educação profissional. Desde que entrei no Sistema Comércio, iniciei esta trajetória de aprendizado, que passaria pela Contabilidade, Operações e Gestão. Confesso que não imaginava, lá em 1995, que veria tantas mudanças que as novas tecnologias trariam para o nosso mundo e para o nosso trabalho.
Agora em março de 2024, promovemos uma imersão educacional neste novo universo das tecnologias com a presença dos Diretores Regionais do Sesc na Sapienza Università, localizada em Roma, na Itália. Ali, por uma semana, senti-me aprendendo muita coisa nova sobre Inteligência Artificial e Proteção de Dados. Decidi, então, compartilhar com vocês alguns importantes aprendizados que vivi e o que eles trazem de novo pra nossa sociedade.
Segurança no mundo digital – Pela natureza da minha formação em Contabilidade e por ser gestor, segurança é tema que me acompanha a vida toda. Uma palestra que me chamou muita atenção foi a do professor Giorgio Sandulli sobre Inteligência Artificial e grandes eventos. Ele já abriu a palestra com pergunta se o Big Brother iria atuar nas Olimpíadas da França em 2024. E vai! Pois é isso mesmo. Para proteger o país de situações de ameaça, foi aprovada na França uma a Lei que autoriza, até março de 2025, o processamento de imagens captadas por drones e câmeras de segurança por meio de algoritmos. Um excelente uso da tecnologia pro bem coletivo.
Riscos, trabalho e tecnologia – E por falar em bem da sociedade, uma grande preocupação na União Europeia é uso de Inteligência Artificial. A professora Luisa Avitabile explicou que há uma iniciativa legislativa que parte da ideia principal de regulamentar a IA com base na sua capacidade de causar danos à sociedade. Para isso, usam uma abordagem baseada em riscos. Quanto maior for o risco, mais rigorosas serão as regras. A ideia é trazer equilíbrio para o bem das pessoas e levar transparência – para que cada usuário saiba quando está sendo utilizada uma IA.
Ainda sobre a segurança das pessoas, a palestra da professora Tacianny Mayara Machado Torchia sobre relações de trabalho trouxe questões como as que discutimos muito lá no Sesc, principalmente por conta da Rede Sesc de Educação, que forma alunos de todas as idades: o impacto da tecnologia no mercado de trabalho. Um dado que me chamou muita atenção é que no mundo cerca de 23% dos empregos devem mudar até 2027 – com 69 milhões de novos empregos criados e 83 milhões eliminados. E justamente empregos ligados à tecnologia e segurança da informação terão crescimento. O setor de educação também tende a crescer. E isso me enche de esperança!
Gestão e responsabilidade – Assim como em qualquer relação entre empresa e cidadão, e até mesmo entre pessoas, ficou muito evidente que quando falamos em gestão estamos falando em responsabilidade. Os palestrantes ressaltaram a importância da transparência sobre coleta, guarda, armazenamento e descarte desses dados.
Todas estas tecnologias foram criadas para que possamos extrair o melhor delas. De fato, é preciso nos unirmos para criar normas, regras e mecanismos de proteção às pessoas. Porque elas promovem toda essa transformação e o progresso da nossa sociedade. Sigamos no Sesc a missão de levar bem-estar para os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus familiares, além da sociedade – de forma responsável e ética.
Artigo escrito por José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc
Na noite do dia 6/3, o Sistema Comércio reuniu, em Brasília, parlamentares e autoridades para apresentar a Agenda Institucional de 2024. Na abertura do evento, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, ressaltou que a agenda é um chamado à união e à parceria pelo desenvolvimento do País. “Acreditamos firmemente na colaboração entre setor público e privado, como catalisadora do progresso econômico, social e sustentável do nosso país. Por isso, oferecemos, aqui, propostas concretas para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro”, afirmou Tadros.
O Sesc esteve presente e proporcionou aos participantes uma experiência imersiva e interativa com o conceito “Conheça o Brasil com o Sesc”, convidando-os a descobrir todo o Brasil por meio de paisagens, cultura e da atuação da instituição. Além disso, com objetivo de levar uma amostra da programação que oferece em suas unidades, convidou o grupo Chorodelas para uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A apresentação de choro contou com clássicos como Carinhoso, de Pixinguinha, Bole bole, de Jacob do Bandolim, e Atraente, de Chiquinha Gonzaga.
O documento
Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher reconhece a luta feminina pela igualdade de direitos e pela liberdade de expressão. Atualmente, a mulher se faz presente em todos os segmentos da sociedade, nas mais diversas posições, comprovando sua capacidade e valor. O Sesc é um retrato dessa diversidade, tendo em seus quadros, por todo o país, profissionais das mais variadas atuações.
A presença feminina ser faz presente em todas as áreas, mesmo naquelas consideradas, por muitos, masculinas, como a condução de veículos pesados. O Sesc Mesa Brasil, por exemplo, conta com uma motorista em sua frota em Minas Gerais. Renata Fernandes Bernardo trabalha no Sesc em Juiz de Fora e se sente realizada profissionalmente e individualmente com a sua contribuição no programa de segurança alimentar e nutricional.
“Trabalhar ajudando pessoas é uma realização. Lembro bem do meu começo, quando fui realizar uma entrega de bananas em uma creche durante o horário do almoço. Ver a alegria das crianças com a chegada das frutas foi muito especial. Saber que aquele alimento, que iria para o lixo, se tornou motivo de alegria para as crianças, fez eu me sentir realizada”, celebra.
Renata dirige desde os 18 anos, seguindo os passos do pai caminhoneiro. Ela conta que, apesar de não ser uma profissão com grande presença feminina, ela já vê algumas mudanças acontecendo e em breve uma nova motorista irá começar a atuar no Sesc em Uberlândia. “Vejo que tem acontecido um crescimento de mulheres envolvidas com o transporte de carga. A mulher consegue desempenhar qualquer serviço”, declara.
Outro setor com grande predominância masculina é o da Engenharia. No entanto, ao longo dos anos, a área tem ganhado cada vez mais profissionais. De acordo com uma pesquisa de 2022 realizada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil está em 19,3% (199.786 mulheres engenheiras) do total de 1.035.103, no país.
A Engenharia Ambiental é uma especialização que apresenta uma presença cada vez maior de mulheres. Anielly Prado faz parte desse movimento. Ela é engenheira ambiental com especialização em sustentabilidade e trabalha no Polo Socioambiental Sesc Pantanal. Os projetos dos quais ela participa são focados em educação ambiental. “Levamos as pessoas, especialmente alunos das escolas públicas da região, para terem contato com a natureza e a aproximação com o meio ambiente por meio de excursões, trilhas, passeios com cavalos e dinâmicas. É a oportunidade de conhecerem mais sobre a fauna e a flora do nosso pantanal”, explica.
Por envolver atividades que demandam esforço físico e da atuação em campo com lugares de difícil acesso, o mercado de Engenharia Ambiental ainda é ocupado predominantemente por homens segundo Anielly, mas ela percebe à sua volta que o cenário está mudando. “Hoje as mulheres estão conseguindo deixar a área mais administrativa para vivenciar a prática da engenharia ambiental. No Sesc Pantanal, temos três cargos similares ao meu e todos são ocupados por mulheres. Isso mostra que a instituição reconhece o nosso papel fundamental na sociedade”, comemora.
E também tem dedo de mulher em quem divulga as ações do Sesc. À frente da equipe de comunicação do Sesc em Roraima, a gerente de Comunicação e Marketing, Tayane Fraxe, fala do privilégio de atuar em uma Instituição que abre espaços tão representativos para as mulheres. “Sabemos que muitos setores do mercado de trabalho são ocupados por homens. Trabalhar em uma instituição tão importante como o Sesc, na gestão de uma área desafiadora, que nos exige um olhar único, que só nós mulheres temos, me enche de orgulho e gratidão”, conclui.
Sesc e Senac mudam o futuro de milhões de pessoas
O acesso a cultura, assistência, saúde, esporte, lazer, turismo e educação de qualidade é um direito fundamental de todos os cidadãos. E o Sesc e o Senac transformam milhões de vidas em todo o país por meio de seus programas de gratuidade. Vamos conhecer agora algumas histórias inspiradoras de pessoas que vivenciaram essa transformação.
Letícia Mendes, de 22 anos, prova que as amizades podem abrir portas para ótimas oportunidades. Ao se mudar de Presidente Tancredo Neves para Juazeiro, na Bahia, a fim de cursar jornalismo, uma amiga a apresentou ao Laboratório Sesc de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes, o LabMais. O projeto, que oferece vagas por meio do Programa de Comprometimento e Gratuidade do Sesc (PCG), a fez conhecer a produção técnica do audiovisual. “Só a ideia de aprender, pegar em uma câmera, coisa que ainda não tinha feito na vida, criar roteiro, elaborar podcasts… Tudo isso, pra mim, foi muito incrível”, diz ela.
Já no Rio Grande do Norte, Pedro Henrique Rocha Fontes, de 29 anos, continuou seguindo sua paixão pela gastronomia. Por meio de um projeto do Senac em parceria com a prefeitura de Monte Alegre, fez os cursos gratuitos de doces e salgados e petiscos. Essas atividades fazem parte do Programa Senac de Gratuidade (PSG). “Eu já trabalho com doces há seis anos. E quando o Senac veio para Monte Alegre tive a oportunidade de aprender novas técnicas com os cursos ofertados”.
Oportunidades que impulsionam carreiras
Eles não pararam por aí: depois dos cursos, Pedro impulsionou sua carreira e hoje trabalha com um cardápio mais diversificado. “Quero agradecer ao Senac, aos instrutores e a toda a equipe, e dizer que é uma ótima oportunidade para quem quer se tornar ainda melhor naquilo que faz ou para quem tem o desejo de fazer algo que ainda não sabe”, destaca.
Já a Letícia teve a oportunidade de apresentar um projeto no Fórum Nacional Sesc de Juventudes, que reúne participantes do LabMais de todo o país. O projeto educativo-cultural foi idealizado para dialogar com o público jovem a partir de tecnologias de experimentação, comunicação e socialização. “Apesar de estudar jornalismo, sinto que foram experiências que nunca teria vivido se o Sesc e o LabMais não tivessem me proporcionado – porque até então era tudo muito distante”, diz ela. “E o Sesc possibilitou que esses sonhos que nunca sonhei fossem realizados, sabe?”.
PCG e PSG: o retorno de Sesc e Senac para a sociedade
O Programa de Comprometimento e Gratuidade é uma ferramenta essencial do Sesc que oferece acesso gratuito a atividades educativas nas mais diversas áreas do Sesc (educação, saúde, cultura, lazer e assistência). É assim que a instituição promove o desenvolvimento de uma sociedade mais justa.
O programa é resultado da aplicação de um terço da Receita Compulsória Líquida (33,33%) recebida pelo Sesc a partir da contribuição dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Metade desse montante é direcionado a atividades totalmente gratuitas para pessoas com renda familiar bruta de até três salários mínimos nacionais. Em 2022, mais de R$ 3,5 bilhões foram investidos no PCG.
Por sua vez, o Senac destina a maior parte de sua Receita Compulsória Líquida (66,67%) a ações educacionais voltadas para a população de baixa renda. É o Programa Senac de Gratuidade, que oferece vagas em educação profissional técnica de nível médio e de Formação Inicial e Continuada a pessoas com renda familiar bruta de até três salários mínimos.
Desde a criação do PSG, em 2009 – como resultado de um acordo de cooperação com o Governo Federal –, milhões de homens e mulheres, jovens e adolescentes puderam vislumbrar uma nova possibilidade de futuro. Só em 2022, 653.350 brasileiros tiveram acesso a cursos gratuitos, realizados de forma presencial, a distância ou por atendimento remoto em todas as 27 unidades da Federação.
Saiba mais sobre os dois programas nos portais de cada instituição:
PCG – Programa de Comprometimento e Gratuidade
PSG – Programa Senac de Gratuidade
A Food Law and Policy Clinic (FLPC) da Harvard Law School e a The Global FoodBanking Network (GFN) divulgaram uma nova análise das leis e políticas de doação de alimentos no Brasil, bem como recomendações sobre como os legisladores podem ajudar a reduzir o desperdício de alimentos, alimentar as pessoas que sofrem de insegurança alimentar e mitigar as alterações climáticas. A análise e recomendações fazem parte do Atlas Global de Políticas de Doação de Alimentos, que analisa leis e políticas que afetam a doação de alimentos em todo o mundo.
Aproximadamente 61,3 milhões de brasileiros, o que significa mais de um quarto da população, sofrem de insegurança alimentar. Mas anualmente o Brasil perde ou desperdiça 42% do seu abastecimento alimentar. Grande parte desse desperdício inclui alimentos nutritivos e seguros para consumo, que poderiam ser direcionados às pessoas que passam fome, inclusive por meio de programas como o Sesc Mesa Brasil, que possui uma rede de 95 bancos de alimentos, a maior rede privada da América Latina. Em vez disso, muitos desses alimentos saudáveis acabam em aterros, onde produzem metano, um potente gás de efeito estufa. A perda e o desperdício de alimentos são responsáveis por até 10% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Em harmonia com o seu compromisso de reduzir a pobreza, proteger a floresta amazônica e garantir um clima habitável para as gerações futuras, o Brasil pode tomar medidas importantes para reduzir as emissões provenientes da perda e desperdício de alimentos e alimentar mais pessoas que lidam com a insegurança alimentar. A nova pesquisa identifica oportunidades de melhorar as políticas, tais como:
“Melhores políticas de doação de alimentos estão ao alcance da mão, quando se trata de enfrentar as alterações climáticas e a fome. Essas recomendações, desenvolvidas em parceria com o Sesc Mesa Brasil e em consulta com outros especialistas brasileiros, podem ser implementadas agora – muitas a baixo custo – para limitar os danos ambientais do desperdício de alimentos e ajudar os brasileiros a terem acesso a alimentos saudáveis, seguros e excedentes”, afirmou Emily Broad Leib, professora clínica de direito na Harvard Law School e diretora do corpo docente da FLPC.
“Com sua população numerosa e uma extraordinária biodiversidade, o Brasil é um país importante quando se trata de alimentação, recursos naturais e clima. As políticas que recomendamos podem dar um impulso ao Brasil, reduzindo o desperdício e combatendo a fome – o que é bom para as pessoas e para o planeta”, disse Lisa Moon, presidente e CEO da The Global FoodBanking Network. “A insegurança alimentar e a perda e desperdício de alimentos são o resultado de sistemas alimentares com deficiências, mas identificamos ações que podem colmatar lacunas e superar as barreiras existentes. Temos prazer em trabalhar com nossos parceiros na rede do Sesc Mesa Brasil para avançar essas políticas que beneficiarão pessoas no Brasil.”
“Aliar o trabalho de combate à fome à redução das perdas nas etapas da cadeia alimentícia é essencial. Há 30 anos, o Sesc Mesa Brasil atua com essa premissa e contribuir com nossa experiência para a pesquisa desenvolvida pela Food Law and Policy Clinic (FLPC) e pela nossa parceira Global FoodBanking Network (GFN) nos traz grande satisfação, pois representa um importante passo na conscientização sobre o desperdício de alimentos e suas consequências para a sociedade. Os mecanismos criados a partir dos resultados obtidos serão de grande valor para os bancos de alimentos, parceiros doadores e, de forma ampliada, para toda a sociedade”, explica José Roberto Tadros, Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, do qual o Sesc Mesa Brasil faz parte.
O Sesc é protagonista quando se fala na atuação nacional para o combate à fome e ao desperdício de alimentos. Por isso recebeu os pesquisadores de Harvard – em parceria com a GFN – e os auxiliou a encontrar outros atores importantes para a causa. O Sesc é membro de representações federais para construção de políticas públicas e ações para combater a insegurança alimentar. Possui a maior rede privada de bancos de alimentos da América Latina, o Sesc Mesa Brasil, que em 2023 distribuiu mais de 47 milhões de quilos de alimentos e outras doações, como produtos de higiene e limpeza.
O Atlas Global de Políticas de Doação de Alimentos, apoiado pela Fundação Walmart, identifica legislação e políticas existentes que apoiam ou dificultam a recuperação e doação de alimentos e oferece recomendações de políticas para fortalecer estruturas e adotar novas medidas que preenchem as lacunas existentes. As análises apresentadas nos relatórios específicos de cada país também estão resumidas em uma ferramenta interativa do Atlas que permite aos usuários compararem políticas entre os países participantes do projeto.
A pesquisa do projeto Atlas está disponível sobre 24 países em cinco continentes e também a União Europeia. Um mapa interativo, guias jurídicos, recomendações de políticas e resumos executivos para cada país estão disponíveis no site atlas.foodbanking.org.
A vida começa com que idade? Essa é uma resposta que talvez inteligência artificial nenhuma saberia dizer, mas que a gente aqui sabe bem. A vida é pra ser bem vivida sempre, independentemente da idade. E é justamente isso que Sesc e Senac vêm fazendo por meio de projetos que levam atividades e cursos para pessoas idosas.
Quem se imaginaria fazendo uma capacitação aos 91 anos de idade, como o Alcides, ou começando a dançar balé aos 60, como fez o Francisco? Pois tem muita gente que está vivendo essa realidade. De Norte a Sul do Brasil, a transformação de milhões de vidas se dá com o Sesc e o Senac por meio da Educação e de ações de assistência, culturais, de lazer e de saúde. E a gente vai contar pra vocês um pouquinho dessas histórias inspiradoras e de superação.
Alcides Cruzeiro da Costa, 91 anos, adora ver vídeos no TikTok. Moderno? Sim, mas o que ele não sonhava era que seu neto daria um empurrãozinho para que ele abraçasse ainda mais as novas tecnologias. Foi ele quem incentivou Alcides a se inscrever no curso de Informática Básica no Senac em Jataí (Goiás). No começo, ele ficou tímido, mas quando viu que a turma era composta por pessoas da sua faixa etária, logo se animou “Acho que sou o mais novo da turma”, brinca.
Enquanto Alcides dá seus primeiros passos no mundo tech, Francisco de Assis dá um show quando o assunto é balé. Motorista aposentado, hoje ele calça as sapatilhas toda semana pra viver sua nova paixão, descoberta há seis anos graças ao Trabalho Social com Pessoas Idosas, projeto que promove o envelhecimento ativo. Morador de Castanhal, no Pará, ele lembra que começou na dança de salão, mas se sentia muito pouco solto. Agora, já sabe do que realmente gosta: “Dançar balé é coisa boa, uma maravilha. Mudou a minha vida”.
Tem coisa melhor do que viver plenamente as paixões? Agora imagina poder compartilhar isso com o amor da sua vida… O Francisco começou no balé graças à esposa, que faz aulas com ele. Pai de três filhos e com cinco netas, levou quatro delas a dançar junto com ele. Orgulho da família, ele ganhou um prêmio regional com seu grupo no Festival Internacional de Dança da Amazônia. Na ocasião, conheceu o primeiro bailarino do Theatro Municipal e a eterna Ana Botafogo – e foi muito elogiado. É com um sorriso no rosto que ele conta esse episódio e fala de sua paixão: “Antes do Sesc eu jamais imaginava na minha vida que faria isso. O balé, pra mim, representa saúde, bem-estar e alegria”.
E se no Norte do país Francisco trabalha o movimento do seu corpo com uma atividade esportiva, no Centro-Oeste o Alcides mantém a mente ativa nas aulas de Informática. E sem deixar de lado seu amor. A namorada dele também estuda na mesma turma de Informática Básica. E pra quem quer saber de onde sai tanta vitalidade, Alcides é pai de 11 filhos e tem netos, bisnetos e até tataranetos. Ele, que já foi fazendeiro e açougueiro, hoje vive uma outra realidade em sala: aprendendo a lidar com novidades que nasceram em gerações posteriores à sua. É fácil? Sabemos que não, mas pra quem quer saber como ele consegue desenvolver novas habilidades, Alcides ensina: “Devagarzinho. É a primeira vez que a gente aqui mexe com computador. Isso tá muito bom!”
E se o tempo é rei, temos muito a aprender com os mais velhos. Seu Francisco e seu Alcides dão exemplo de como nunca é tarde para se fazer algo novo.
O Trabalho Social com Pessoas Idosas (TSPI) é um projeto pioneiro do Sesc e existe há 60 anos. Tem como objetivo proporcionar um envelhecimento ativo. São diversas ações em todo o Brasil, elaboradas em conjunto com as áreas de atuação – Educação, Saúde, Cultura e Lazer, que têm como foco o protagonismo e a inclusão da pessoa idosa na sociedade.
O curso de informática para idosos é uma iniciativa do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac Goiás. O projeto promove o uso do computador para pesquisa, comunicação, entretenimento e até mesmo o acompanhamento das tendências tecnológicas.
O ano de 2023 no Sesc foi marcado pela abertura de novas unidades e ampliação de espaços já existentes, proporcionando ao público acesso a mais serviços e atividades.
Foram mais de 30 inaugurações em 19 estados, como escolas, restaurantes, hotel, centro de atividades e teatro, entre outras. Algumas dessas unidades, como o Sesc 14 Bis (SP), o Sesc Gurupi (TO) ou o Centro de Cultura, Arte e Esporte (PB), oferecem atividades em diversas áreas de atuação. Outras têm uma vocação mais específica, como a Casa de Artes Cênicas, no Pará, ou o Espaço Educativo de Sustentabilidade, no Piauí.
A Rede Sesc de Educação também ganhou reforço, com novas escolas em Caruaru (PE), Três Lagoas (MS), Iracema (RR) e o Complexo Educacional Sesc Pantanal, em Poconé (MT). No Rio de Janeiro, o Bistrô Sesc Convento do Carmo abriu as portas, em setembro, coma proposta de uma culinária que estimula a agricultura familiar fluminense, aliada à valorização de uma região de interesse histórico da cidade.
Outro destaque no rol de inaugurações do ano foi o Museu do Café, que compõe a estrutura da unidade Sesc Londrina Cadeião, no Paraná. Além de preservar a memória da cultura cafeeira e do patrimônio histórico da localidade, o espaço abriga exposições e eventos culturais.
O Sesc e o Senac – instituições sociais que fazem parte do Sistema Comércio – apoiaram institucionalmente o Salão Nacional do Turismo, que aconteceu de 15 a 17 de dezembro, na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília. As entidades levaram uma série de ações de valorização e de promoção do Turismo e da diversidade cultural e gastronômica do país. As manifestações artísticas, que representavam a força da cultura de cada estado do país, foram selecionadas pelas equipes do Sesc de todo o país. Já o Senac promoveu aulas-show com pratos típicos brasileiros. O evento também recebeu palestras e mesas redondas para discutir tendências e desafios do setor turístico e empossou os integrantes do Conselho Nacional de Turismo, representação da qual o Sesc faz parte.
Na abertura do Salão, o Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, reforçou que o papel do Sistema Comércio em preparar mão de obra e promover educação para a hotelaria e a alimentação é fundamental para o desenvolvimento do país. “Participar desse evento nos enche de confiança para transformar o Brasil em uma potência turística”, enfatizou Tadros.
Reconhecimento
O ministro do Turismo, Celso Sabino, elogiou o presidente do Sistema: “Logo, você será reconhecido pela sua parceria e pelo que você tem feito pelo turismo no nosso país. Essa atividade será responsável por colocar o país em outro patamar de desenvolvimento, pela sua gente, pelo seu povo, pela beleza dos nossos atrativos. O turismo é feito pela iniciativa privada. O Governo Federal e o Ministério do Turismo entendem perfeitamente isso. Juntos, faremos o que precisa ser feito”. E o reconhecimento veio. O Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac foi laureado na premiação do setor, que aconteceu no segundo dia de evento, por suas ações em prol do desenvolvimento do Turismo.
Sesc é cultura brasileira
Congada, frevo, samba, boi-bumbá, quadrilha, funk, maracatu, música indígena e muito mais. Assim foram as apresentações do palco do Sesc no evento. Um mosaico cultural que passeou por diferentes manifestações brasileiras apresentadas por 27 grupos diferentes. Além do Palco Sesc, que recebeu as apresentações artísticas do evento, o público também foi surpreendido e pôde acompanhar cortejos que saíram pela alameda onde ficavam os estandes dos estados no evento.
A Gastronomia do Brasil com Senac
Outro braço social do Sistema Comércio, o Senac levou o melhor do sabor de cada estado do país, com aulas-show. Chefs apresentaram as riquezas e delícias de suas terras. Ao fim das oficinas, o público experimentava as iguarias de cada região.
Educação
O Núcleo de Conhecimento foi um espaço de palestras e debates a respeito de iniciativas de fortalecimento do turismo brasileiro. A programação contou com participação do Sesc, do Senac, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur-CNC). O Gerente de Lazer do Departamento Nacional do Sesc, Luís Antonio Silva, também integrante do Conselho Nacional de Turismo, lembrou – em sua apresentação – o trabalho que o Sesc realiza desde os anos 1940 pelo Turismo Social: “Essa é uma forma de turismo que nasce há muitos anos atrás. Basicamente, o objetivo de dar acesso ao turismo, à viagem, a passeios, à experiência turística. Esse objetivo original do turismo social ainda permanece e ainda é muito importante dar acesso, inclusive uma das políticas do Ministério é ampliar o acesso dos brasileiros ao serviço turístico, mas o conceito, ao longo do tempo, também vem se aprofundando no sentido de trazer novos olhares para a experiência turística de quem viaja, de quem passeia”.
Na mesa-redonda Qualificação profissional, a Gerente de Programas e Diretrizes Educacionais do Departamento Nacional do Senac, Kelly Teixeira, resumiu o trabalho que a instituição vem realizando nesse setor há quase oito décadas: “Há 78 anos o Senac tem o compromisso de preparar pessoas para esse segmento por entender que a qualificação profissional é o melhor caminho para promover e impulsionar o setor”, enfatizou.
Os representantes do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur/CNC), Ana Paula Siqueira e Cassio Garkains, destacaram o surgimento, a dinâmica e os principais resultados da iniciativa Vai Turismo Rumo ao Futuro. Trata-se de um programa nacional que congrega as principais entidades do setor de turismo e visa contribuir com propostas para impulsionar o segmento.
Confira como foi:
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A Casa de Artes Cênicas do Sesc realizará apresentações, ações formativas como cursos, oficinas, debates, mediações, incentivo à produção, intercâmbios, residências artísticas, leituras dramatizadas, demonstrações de processos/ensaios abertos, realização de práticas de montagem através de cursos e oficinas, festivais e mostras, núcleo de pesquisas e técnicas de atuação, danças regionais, manobras circenses, entre outras atividades. Tudo isso pensando sempre no território que habitamos no estado do Pará e em sua diversidade cultural, social e econômica, colocando em destaque nossa vivência entre florestas, rios, culturas e as teatralidades dos povos tradicionais e originários dentro das programações previstas.
A unidade será o espaço para realização de apresentações cênicas, credenciamento artistas, além de abertura para ensaios e atividades que acolham a comunidade e os fazedores de cultura, integrando a artes cênicas com outras linguagens como literatura, audiovisual e música. Ela será baseada no escopo da territorialidade amazônida e paraense, fortalecendo a cena local, assim como difundindo suas artes e objetivando o intercâmbio entre diferentes regiões de todo Brasil.
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