3 de agosto de 2023

Parceria entre Brasil e Suíça dá visibilidade e gera oportunidades no Pantanal

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, chegou a Poconé (MT) nesta semana para conhecer as unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal e sua atuação na conservação ambiental, pesquisa científica, turismo de natureza, assistência social e desenvolvimento comunitário. A ação faz parte do trabalho desenvolvido entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex para dar visibilidade e gerar oportunidades no Pantanal.

A comitiva inclui também o embaixador emérito Jean-Pierre Villard, a CEO da Swissnex no Brasil, Malin Borg, e o cônsul-geral da Suíça em São Paulo, Pierre Hagmann. Eles visitarão o Hotel Sesc Porto Cercado e o Parque Sesc Baía das Pedras, em Poconé, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço.

De acordo com o diretor-geral do Sesc, José Carlos Cirilo, que representou o presidente José Roberto Tadros, a presença do embaixador ratifica a importância do trabalho realizado pelo Sesc Pantanal há 26 anos na maior planície alagável do mundo. “Nossa missão neste território, Patrimônio Natural da Humanidade, é cuidar das pessoas e do meio ambiente. Poder ampliar essa atuação permite que mais partes do mundo possam conhecer uma parcela desse bioma tão importante”, destaca.

Comitiva visitou a Escola Sesc Pantanal em Poconé (foto: divulgação)

Swissnex

A Swissnex está presente em algumas das regiões mais inovadoras do mundo, formando uma rede global que conecta pessoas e instituições com a missão de apoiar o alcance e o engajamento ativo de parceiros no intercâmbio internacional de conhecimento, ideias e talento. A organização é a agência de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça responsável por conectar projetos, parceiros e iniciativas para o desenvolvimento dessas áreas de interesse.

Por meio da parceria entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex, foi criado o programa Science Camp Pantanal, uma ação inédita de ciência e inovação com o objetivo de incentivar a vinda de pesquisadores, estudantes e startups suíças ao Polo Socioambiental Sesc Pantanal para intercâmbio científico, produção de conhecimento e desenvolvimento de projetos inovadores.

Sesc Pantanal

Criado há 26 anos pela iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal é formado por um complexo de unidades no Pantanal e no Cerrado mato-grossense.

Em Poconé, que é o principal destino turístico do Pantanal, estão o Hotel Sesc Porto Cercado, o Parque Sesc Baía das Pedras, o Sesc Poconé e a Escola Sesc Pantanal. Em Barão de Melgaço, também no Pantanal, fica a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. No Cerrado, fica o Parque Sesc Serra Azul e, em Várzea Grande o Ponto de Encontro completa as unidades que atuam conectadas.

29 de maio de 2023

Conhecido como “Abrace o Pantanal”, projeto é uma parceria com diversas instituições que buscam preservar mais de 2,5 milhões de hectares.

 

A ação, articulada entre umgrauemeio,  Brigada AliançaInstituto Homem Pantaneiro (IHP) e Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com apoio financeiro da JBS, tem como objetivo proteger 2,5 milhões de hectares de área do bioma por meio da detecção precoce de incêndio. A tecnologia utiliza um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema. Além disso, haverá resposta rápida e geração de dados analíticos, operacionais e de impacto na comunidade, com redução de CO2 estimada em 15 milhões de toneladas.

Sistema leva somente 3 minutos para detectar focos de incêndio e mobilizar equipes.

A integração de informações como localização das brigadas, recursos e equipamentos disponíveis, horário de acionamento, tempo de locomoção até o local do foco de incêndio, tempo de combate e extinção do foco e o contato com os proprietários de terra no entorno permitem a rápida resposta ao fogo. Também estão previstas ações educativas de prevenção à incêndios junto das comunidades do entorno.

Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em aproximadamente 3 minutos, cobrindo um raio de 15 km e ainda indica o local exato do foco através da triangulação das câmeras e apoio de imagens de satélite, acelerando os protocolos de identificação e combate. Há, ainda, a detecção back-up de pontos de calor por satélites que podem complementar a proteção de áreas que sofram menor pressão humana. Nesta primeira fase, são 11 pontos de detecção automática por imagem distribuídas nas regiões Sul, Norte e Central, começando pelo território da Serra do Amolar.

 

 

 

 

10 de abril de 2023

O programa de sustentabilidade Ecos – direcionado ao público interno da CNC, Fecomércios, Sesc e Senac – consiste em um conjunto de ações planejadas e checadas continuamente, com o objetivo de sensibilizar os empregados, otimizar o uso de recursos e mitigar os impactos socioambientais relacionados às atividades dessas organizações. O programa atua com indicadores de economicidade no intuito de reduzir despesas e na busca de mais eficiência operacional. Ecos é certificado como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil e sua metodologia compõe um banco nacional de iniciativas para a conservação do meio ambiente. Atualmente, o programa está implantado em 19 Departamentos Regionais do Sesc, 7 Federações do Comércio (vinculadas à CNC) e 16 Departamentos Regionais do Senac.

Confira o relatório das ações do Programa Ecos em 2022 no âmbito do Departamento Nacional do Sesc.

3 de abril de 2023

O Turismo nacional passou com louvor por sua primeira prova de fogo de 2023. O Carnaval movimentou milhões de foliões no país. O balanço do Ministério do Turismo aponta uma taxa de ocupação superior a 95% em cidades como Rio de Janeiro e Recife e em todo o estado da Bahia. A capital pernambucana também registrou recorde de público, com 2,7 milhões de visitantes, representando um movimento de R$ 2 bilhões na economia local. O setor já dava sinais de uma recuperação positiva desde o início do ano, com o registro de mais de 868,5 mil turistas estrangeiros no país em janeiro.

Marisqueiras em Pernambuco orientam turistas.

O setor de Turismo é um dos mais importantes para a economia brasileira. Trata-se de uma cadeia que envolve diversos segmentos, como hotéis, bares, restaurantes, espaços culturais e movimenta um enorme número de trabalhadores formais e informais. Para muitas cidades, é o eixo principal de suas economias. Justifica-se, portanto, a união de esforços em prol do desenvolvimento do setor. E, para tanto, é preciso um olhar cuidadoso para outras tantas questões intimamente relacionadas com o potencial turístico.

Acreditamos no investimento no Turismo Responsável. Compromisso de geração de impactos positivos a toda a cadeia turística, redução de danos ao meio ambiente e benefícios para as comunidades locais. Esse tipo de atuação representa a sustentabilidade de muitas cidades, que se tornam lugares melhores para as pessoas morarem e consequentemente mais atrativas. Um modelo que gera desenvolvimento social, crescimento econômico e também oferece experiências ímpares aos visitantes, por meio da integração com a história e as tradições de cada região.

O conceito de turismo responsável é o alicerce do Turismo Social do Sesc. Fomos os pioneiros na atividade no Brasil, que tem como objetivo tornar mais acessível o ato de viajar ao público comerciário. E dentro do Turismo Social foram elaborados roteiros inovadores de forma a transformar as viagens em oportunidades de conhecer um outro lado do nosso país. Um exemplo é o passeio do Encontro das Águas, no Amazonas. Além de testemunhar a água preta do rio Negro e a água barrenta do rio Solimões correndo lado a lado sem se misturarem por 6km, os turistas têm a oportunidade de conhecer um outro modo de viver da região, com uma visita a comunidade flutuante do Catalão, onde interagem com os moradores e vivenciam um pouco do dia a dia sobre as águas. Em Pernambuco, os hóspedes do Hotel Sesc Guadalupe – o mais novo hotel de nossa rede – têm entre as opções de lazer os passeios ecológicos na área de proteção ambiental e um encontro com a comunidade de marisqueiras, com direito a entrar no mangue e aprender a coletar mariscos.

Ao serem protagonistas nesses roteiros turísticos, as comunidades passam a valorizar sua cultura, gastronomia e tradições. Assim também buscamos promover uma troca de saberes entre turistas e locais, um fator determinante para o desenvolvimento e criação de novas fontes de emprego e renda. Portanto, é desta forma que a economia roda, gerando mais renda e progresso para os diversos pontos do país, de forma sustentável, garantindo o futuro das próximas gerações.

 

Artigo feito por José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc

Publicado em: NeoMondo – Estadão

24 de março de 2023

O objetivo das cinco reservas ecológicas é preservar a vida e o ecossistema importantes regiões do Brasil

 

A natureza desempenha um papel fundamental para a manutenção e a sobrevivência da vida humana. É ela quem nos dá água, alimentos e uma série de recursos que contribuem também com a evolução humana.

Porém, muitos destes recursos foram explorados de forma desenfreada, causando danos que duram anos ou são irreversíveis. Alguns exemplos são a extinção de animais e o desequilíbrio climático no planeta. Preservar o ambiente em que vivemos é urgente. Por isso, é necessário proteger algumas dessas áreas e o Sesc tem a Sustentabilidade como um pilar transversal ao trabalho que realiza. Preservar é garantir a continuidade da vida.

Nesse artigo, falaremos sobre as reservas ecológicas que estão sob os cuidados do Sesc. Duas delas são certificadas pelo governo federal como Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).

Onça-pintada caminha em um dos riachos da RPPN Sesc Pantanal. Unidade do Sesc é a maior reserva privada do Brasil.

O que caracteriza uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)?

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável. Ou seja, é um local protegido por lei para a conservação e proteção da biodiversidade local, no qual podem ser realizadas pesquisas científicas, sempre mantendo a preservação do local como prioridade.

Para que uma região entre nessa categoria é necessário que o proprietário (pessoas físicas, jurídicas, entidades civis ou religiosas) demonstre o valor ambiental que existe no local e, a partir da concessão desse status, a área está protegida para sempre;

Atualmente, o Sesc mantém sob os seus cuidados a RPPN Sesc Tepequém, no município de Amajari, em Roraima, e a RPPN Sesc Pantanal, no Mato Grosso. Já a Reserva Natural Sesc Bertioga, em São Paulo, a Reserva Ecológica Sesc Iparana, no Ceará e a Reserva do Sesc Serra Azul, também no Mato Grosso, são áreas de conservação que estão em processo de certificação como RPPN.

 RPPN Sesc Pantanal

Localizada no município de Barão de Melgaço, no estado de Mato Grosso, a reserva, que possui 108 mil hectares, é a maior área de proteção ecológica privada em território brasileiro. Além de estar sob proteção do Sesc, a reserva também é Sítio Ramsar e faz parte da  terceira maior Reserva da Biosfera do planeta.

Essa RPPN é o habitat de mamíferos em extinção como a anta-brasileira, o porco-do-mato, o tamanduá-bandeira, o cervo-do-pantanal e o maçarico-esquimó, bem como de anfíbios, répteis e aves, incluindo, claro, o biguá, também conhecido como corvo-marinho.

Com o objetivo de fornecer a estrutura adequada aos cientistas e acadêmicos que vão à região fazer suas pesquisas, o local possui 6 Postos de Proteção Ambiental (Espírito Santo, São Luiz, São Joaquim, Santo André, Santa Maria) e a maioria deles é equipada com alojamentos, torres de observação e meios de transporte para a logística interna (caminhão, trator, quadriciclos e equinos).

Uma equipe composta por guarda-parques e auxiliares de serviços gerais também trabalha na unidade e na época da seca mateiros florestais e operadores de máquinas responsáveis pelas atividades de combate e prevenção dos incêndios florestais são contratados.

Passeio de barco na RPPN Sesc Pantanal.

 RPPN Sesc Tepequém

A reserva fica no estado de Roraima e atrai visitantes devido à localização privilegiada para a prática de observação de aves. Essa RPPN é uma área de soltura de animais silvestres e, em 2021, o Sesc em Roraima em parceria com o Ibama/Cetas soltou 16 aves das espécies curió, bicudo, patativa, tucanos, curica, maracanã-do-buriti, maitaca-de-cabeça-azul, além das aves de pequeno, médio e grande porte, na região. A reserva tem 54 hectares.

Observação de pássaros silvestres é uma das principais atividades em Tepequém (RR).

Reserva Natural Sesc Bertioga

Em Bertioga, litoral do estado de São Paulo, é possível conectar-se com a natureza e desligar-se das obrigações da vida. Uma visita ideal para quem quer se maravilhar, sentir e apreciar os bons momentos que a vida in natura traz.

Inclusive, o nome de uma das trilhas da região é justamente Trilha do Sentir, que também é acessível para pessoas com deficiência (PcD), com recursos como corrimãos em diferentes alturas e guia de balizamento.

A Reserva possui instalações que têm como objetivo incentivar a vivência ao ar livre, a criatividade e é palco de conversas que buscam conscientizar a população sobre a importância do meio ambiente e a sustentabilidade, a partir da vivência com os biomas disponíveis na região.

Sesc Bertioga tem uma área de cerca de 60 ha (equivalente a 60 campos de futebol), inserida na zona urbana do município de Bertioga, nos domínios do bioma Mata Atlântica no litoral paulista

 Reserva Ecológica Sesc Iparana

Por último, é possível desembarcar em Caucaia, no Ceará, e descansar enquanto desfruta da beleza local. A região tem como atrações a Praia de Cumbuco e as lagoas Azul, de Cauípe, do Banana e de Parnamirim.

A reversa do Sesc ganhou status de porque preserva um dos últimos fragmentos de floresta de tabuleiro existentes na região Nordeste do país. O Sesc realiza programação ecoturística e cultural para os visitantes.

Três atividades praticadas no local são Viveiro de Mudas, Horto Comunitário e Fazendinha Educacional. A função deles é ensinar ao visitante sobre a produção de adubo, saberes medicinais e ambientais e mostrar um pouco da cultura nordestina.

O dever social do ser humano é preservar a natureza. E é por isso que as reservas do Sesc têm esse papel de contribuir com a conservação da biodiversidade e de promover ações de caráter educativo para sensibilizar e despertar a consciência ambiental dos visitantes.

Sesc Iparana (CE) fica no litoral do Ceará.

 

Parque Serra Azul

Com mais de 5 mil hectares, o Parque Sesc Serra Azul é um parque de aventura onde fica um dos principais atrativos da região turística de Nobres, a Cachoeira Serra Azul. Com queda de 50 metros, ela é rodeada de paredões de arenito, que formam o lago cristalino para flutuação. Para chegar até ela, é preciso superar os 470 degraus, parte deles numa subida íngreme. A tirolesa tem 700 metros e facilita a descida após a cachoeira. O parque oferece ainda arvorismo, cicloturismo e passeio de 4×4.

A presença da onça-pintada, na terra, e o gavião-real no ar do Parque Sesc Serra Azul, são os principais indicadores da importância da área para a conservação da biodiversidade no Cerrado mato-grossense. Somente nos últimos quatro anos, cinco espécies ameaçadas foram avistadas na área de cinco mil hectares, que representa um refúgio diante da perda de habitat pelo desmatamento, caça e captura para criação em cativeiro. O parque existe há nove anos e, neste período, 15 espécies ameaçadas já foram registradas.

O Cerrado é conhecido por ser a caixa d’água do Pantanal, pois é onde se encontram as nascentes do Rio Cuiabá, que deságuam no Pantanal. Localizado próximo a uma das nascentes do Rio Cuiabá, o Parque Sesc Serra Azul, colabora, portanto para a conservação do Pantanal também.

O Sesc Serra Azul localiza-se na região oeste do município de Rosário Oeste.

 

 

Ficou curioso para saber mais? Localize a unidade da sua preferência e faça uma visita!

 

 

 

 

 

 

23 de março de 2023

Além do Sesc, o programa é responsável por planejar práticas sustentáveis na CNC, Senac e Federações estaduais do Comércio.

Lançado em 2010, o Programa ECOS atingiu a expressiva marca de 4 milhões de reais em economia ao Sistema Comércio (CNC, Sesc, Senac, além de federações e sindicatos do comércio estaduais) a partir da adoção de suas práticas sustentáveis. O programa, direcionado ao público interno dessas instituições, consiste em um conjunto de ações planejadas e checadas continuamente, para a mitigação dos impactos relacionados às atividades das instituições, que possam representar riscos ao meio ambiente ou à sociedade.

Nos últimos anos, tem havido um aumento significativo na conscientização sobre questões ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) em todo o mundo. Empresas de todos os setores estão começando a perceber que precisam assumir compromissos voltados para esses pilares para a própria saúde de negócio. O Programa ECOS é a materialização do compromisso que o Sesc tem em prol do desenvolvimento sustentável. Por meio do programa, a instituição é signatária do Pacto Global, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas que reúne 8 mil empresas de 161 países com o objetivo de fornecer diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras.

Programa ECOS é um dos responsáveis pelas iniciativas de sustentabilidade do Sesc.

Programa é certificado como Tecnologia Social

Em julho de 2019, a metodologia de implantação e operação do Programa ECOS foi certificada como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil (FBB). Com essa certificação, o Ecos passou fazer parte do Banco de Tecnologias Sociais, uma base de dados nacional que apresenta soluções para uma série de demandas.

Os critérios para inclusão nessa base são: inovação social, nível de interação com a comunidade, efetividade e nível de sistematização da tecnologia. A ideia é possibilitar a multiplicação dessas boas práticas. Isto significa que a metodologia desenvolvida pelo Ecos poderá beneficiar outras instituições, contribuindo para uma gestão mais sustentável.

ECOS coleta mais de 1 tonelada em resíduos

Durante esses anos, mais de uma tonelada de eletrônicos, óleo vegetal, pilhas, baterias e esponjas que, em vez de poluírem a natureza, ganham um destino ambientalmente correto, contribuindo para a logística reversa e a economia circular de diversas organizações parceiras. A coleta foi feita no prédio onde funciona os departamentos nacionais do Sesc e Senac, no Rio de Janeiro.

O programa ECOS promove, em meio aos funcionários do Sesc, CNC e Senac, a mudança de pensamentos, paradigmas, posturas e procedimentos, preconizados pelo desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente correto.

Práticas sustentáveis do ECOS são refletidas nas compras e aquisições para as instituições

Em 2021, o programa foi responsável por elaborar o “Guia de Aquisições Sustentáveis CNC-Sesc-Senac”. O documento considera a importância da adesão a práticas sustentáveis que visam à diminuição de impactos que possam prejudicar o ecossistema. Além disso, o Guia busca também conscientizar os empregados sobre o tema e engajá-los na busca por um planeta melhor.

As compras institucionais representam uma poderosa força do mercado, a ponto de incentivar o desenvolvimento de produtos com melhor desempenho socioambiental. Quando grandes compradores, como a CNC, o Sesc e o Senac, demandam a aquisição de bens e serviços que podem fomentar a adoção de critérios mais sustentáveis, essa ação contribui para um modelo de crescimento econômico continuado em prol da conservação do planeta, optando por produtos com maior durabilidade, economicamente viáveis, socialmente justos e ambientalmente adequados.

3 de março de 2023

A iniciativa Aquarela Pantanal reúne diversas instituições e famílias das comunidades pantaneiras

 

A iniciativa Aquarela Pantanal, projeto que reúne diversas instituições e famílias das comunidades pantaneiras de Capão do Angico, em Poconé-MT, e São Pedro de Joselândia, em Barão do Melgaço-MT, foi uma das vencedoras do XIII Prêmio Hugo Werneck de Meio Ambiente e Sustentabilidade, promovido pela revista Sou Ecológico. O projeto promove a recuperação da riqueza natural de áreas no Pantanal e foi premiado na categoria “Melhor Exemplo de Mobilização Social”.

“Foi com muito orgulho que recebemos mais um prêmio por nossas iniciativas com foco em responsabilidade social. O Aquarela Pantanal é uma iniciativa primorosa que mobiliza e gera renda para famílias de comunidades da área de preservação que mantemos na região. Assim o Polo Socioambiental Sesc Pantanal cumpre sua missão de polo de referência em sustentabilidade. É o Sistema CNC-Sesc-Senac ajudando a transformar o país.”, comemora José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc.

O objetivo do Aquarela Pantanal é produzir mudas nativas do bioma para recuperar áreas atingidas pelo fogo dentro da Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior RPPN do país.

 

A cerimônia de premiação ocorreu na noite da última terça-feira (28.02) em Belo Horizonte (MG). Nesta quinta (02.03), o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, que representou a iniciativa no evento por meio de sua gerente-geral, Cristina Cuiabália, fez a entrega dos certificados de reconhecimento para as viveiristas do Aquarela. O encontro foi realizado na comunidade do Capão do Angico e contou com a presença de representantes das associações comunitárias envolvidas na iniciativa.

“Fomos escolhidos entre 117 projetos de todo o país e a única iniciativa do bioma Pantanal premiada. Um reconhecimento dessa importância no cenário nacional é muito representativo e simbólico pois, das cinzas dos grandes incêndios de 2020, vimos nascer uma rede de proteção ao Pantanal formada por diversos atores, com muita resiliência, força e união. É um projeto colaborativo, que envolve muitas mãos e corações e estamos muito orgulhosos e gratos pelo reconhecimento”, comentou Cristina Cuiabália.

 

Por meio do projeto, foram construídos dois viveiros para produção de mudas nativas dentro das comunidades, que recebem suporte técnico e capacitações, além de uma bolsa para desenvolver o trabalho de viveiristas. Dessa forma, o projeto contempla os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

 

Segundo a diretora executiva da Wetlands International Brasil e diretora técnico-científica da Mupan, Rafaela Nicola, o prêmio é um indicador de que o trabalho está no caminho certo para compreender cada vez mais a dinâmica das áreas úmidas e quais estratégias são melhores para promover a conservação. “Esse trabalho só é possível porque mulheres de duas comunidades tradicionais abraçaram a iniciativa com a gente. A Aquarela Pantanal tem essa característica do protagonismo feminino porque as mulheres estão à frente dos viveiros, pesquisa, gestão, execução e planejamento das atividades como um todo”, completou.

Sopro de esperança – O objetivo do Aquarela Pantanal é produzir mudas nativas do bioma para recuperar áreas atingidas pelo fogo dentro da Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior RPPN do país, ao mesmo tempo em que gera renda e desenvolvimento comunitário. Por meio do projeto, foram construídos dois viveiros para produção de mudas nativas dentro das comunidades, que recebem suporte técnico e capacitações, além de uma bolsa para desenvolver o trabalho de viveiristas. Dessa forma, o projeto contempla os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

Atualmente, 10 famílias participam diretamente das atividades do projeto. No entanto, Natalice da Costa, viveirista da comunidade de Capão do Angico (MT), destaca que a comunidade inteira é beneficiada pelas ações. “A Aquarela Pantanal é um sopro de esperança, não só para os animais e as plantas, que tanto sofreram com o fogo, mas também nos traz uma nova força enquanto pessoas, principalmente nós mulheres. Por causa do projeto, a gente voltou a se movimentar e trabalhar unidas. Isso ajudou a nossa comunidade a enxergar o potencial que tem e o que podemos fazer quando se une”.

Para Miriam Amorim, viveirista de São Pedro de Joselândia, o projeto foi um divisor de águas em sua vida. “A gente vem fazendo um trabalho tão bonito de recuperação e de conservação do nosso Pantanal e eu me sinto muito honrada e feliz de fazer parte. É um orgulho receber esse reconhecimento com o prêmio e isso nos estimula e incentiva a continuar. O projeto mudou minha vida e da minha comunidade. Hoje, temos mais consciência que fazemos parte do meio ambiente e que cuidando dele, todo mundo se beneficia. Espero que o projeto cresça e envolva cada vez mais pessoas”, afirmou a viveirista.

Aquarela Pantanal – O projeto “Recuperação de Florestas Ribeirinhas Pantaneiras: beneficiando água, solo, peixes e populações do entorno da RPPN Sesc Pantanal”, também chamado de Iniciativa “Aquarela Pantanal”, é um trabalho construído no coletivo, que envolve a Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal, a Wetlands International Brasil, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal – uma iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Áreas Úmidas (INAU/UFMT).

A Aquarela Pantanal é financiada pelo: 1) Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com as agências Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como implementador e o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (FUNBIO) como executor; 2) DoB Ecology via Programa Corredor Azul da Wetlands International.

29 de agosto de 2022

Ação estimula empregados da instituição para práticas de sustentabilidade e descarte consciente

Para contribuir com o descarte e consumo consciente de seus empregados, o Departamento Nacional do Sesc disponibiliza pontos de coleta de materiais recicláveis no local de trabalho. O objetivo é estimular práticas sustentáveis e a destinação correta de produtos, sobretudo os equipamentos eletrônicos, que, quando chegam ao fim de sua vida útil, acabam indo para o lixo comum. Entre outubro de 2021 e junho de 2022, a entrega voluntária resultou em 400kg de equipamentos eletrônicos, 100kg de lacres de alumínio, 50 litros de pilhas e baterias e 15 litros de óleo de cozinha.

A coleta de materiais recicláveis integra o Ecos – programa de sustentabilidade das instituições CNC, Sesc, Senac – realizada desde 2010. A área de coleta foi colocada de maneira estratégica, na entrada do Departamento Nacional, localizado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Neste espaço, os empregados depositam os resíduos em coletores específicos para cada tipo de produto e também têm acesso a mensagens sobre o que pode ser descartado e como isso deve ser feito, além de cuidados com o meio ambiente.

“O projeto sensibiliza o público interno para a preservação ambiental e estimula a reflexão sobre o consumo consciente. Temos muito a fazer pela conservação do planeta. Da compra ao descarte, tudo tem que ser pensado no cuidado com o meio ambiente. Para o Departamento Nacional do Sesc, é de suma importância usar a sua voz e seu espaço para conscientizar os empregados e nossa cadeia produtiva”, explica Jose Carlos Cirilo, diretor-geral interino do Sesc.

Além de contribuir com o planeta, o Sesc também viu no programa uma oportunidade de colaborar com a sociedade. Por meio de parcerias, a venda ou entrega dos produtos para empresas ou instituições se reverte em outros benefícios. Os lacres de alumínio, por exemplo, vão para o Lacres do Bem, projeto que arrecada e vende os itens para compra de cadeiras de rodas, que são doadas para pessoas com deficiência física e entidades filantrópicas.

Os outros tipos de resíduos são coletados por diferentes empresas parceiras do projeto. Equipamentos eletrônicos, pilhas e baterias são recolhidos pela Green Eletron para recuperação e reutilização em processos industriais. Já o óleo de cozinha é recebido pelo Instituto Libertas e direcionado a uma empresa que realiza o manejo e o destina a fábricas de biodiesel, sabão e ração animal. A Terracycle, por sua vez, é responsável por encaminhar os itens de escritório e esponjas, que podem ser transformados em Pellet, matéria-prima para produção de diversos objetos, como bancos e lixeiras.

Produtos eletrônicos recolhidos
22 de agosto de 2022

Pesquisadores buscam desenvolver programas para preservação do bioma

Pesquisadores e estudantes da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique (ZHAW), uma das instituições mais importantes da Suíça, participam do intercâmbio internacional na maior reserva particular do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço (MT). A reserva pertence ao departamento nacional do Sesc.

A parceria é fruto dos esforços do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, e a Swissnex, extensão da Secretaria de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça, para aproximar os dois países e desenvolver projetos inovadores para a conservação do Pantanal por meio do turismo científico.

Por meio do programa, grupos de pesquisadores ou estudantes suíços visitam o Pantanal em viagens científicas personalizadas em formatos como cursos de campo, residências acadêmicas ou escolas de verão. Eles contam com o suporte do Sesc Pantanal e da Swissnex, também para intercâmbio com redes locais de especialistas, cientistas e comunidades.

O diretor-geral interino do Sesc, José Carlos Cirilo, destaca que a iniciativa dá ainda mais visibilidade e oportunidades ao bioma, que é Patrimônio Natural da Humanidade. “O programa vai gerar produção de conhecimento e oportunidades econômicas para a região. O Sesc Pantanal desenvolve pesquisa científica aliada ao conhecimento local tradicional, educação ambiental, lazer, desenvolvimento social e conservação da natureza. O Sistema CNC-Sesc-Senac há 25 anos enxergou a importância da sustentabilidade e hoje estamos de portas abertas para receber pesquisadores e interessados em conhecer tudo o que é feito aqui”, conclui.

 

Pesquisadores suíços realizam intercâmbio no Pantanal.

 

17 de agosto de 2022

Ao todo, 29 pessoas foram capacitadas. A ação é resultado do acordo de cooperação firmado entre o Departamento Nacional do Sesc e a Embaixada da Espanha no Brasil, em junho de 2021.

 

Comunidades pantaneiras de Poconé e São Pedro de Joselândia, em Barão de Melgaço, receberam, entre os dias 23 e 30 de julho, técnicos do Ministerio para la Transición Ecológica y el Reto Demográfico do Governo da Espanha para um intercâmbio sobre prevenção e controle de incêndios florestais promovido pelo Sesc. Foram realizados dois encontros, que resultaram em uma rica troca de experiências e saberes entre a equipe espanhola, os brigadistas do Sesc e membros da comunidade.

A ação é resultado do acordo de cooperação firmado entre o Departamento Nacional do Sesc e a Embaixada da Espanha no Brasil, em junho de 2021. O diretor-geral interino do Sesc, Jose Carlos Cirilo, explica que a parceria prevê a realização de diversas atividades de troca de conhecimento técnico-científico, educacional e cultural entre as partes.

“Este intercâmbio é uma reafirmação do nosso compromisso com a proteção do Pantanal e com o bem-estar da população pantaneira. Precisamos redobrar as ações de prevenção e capacitação no período da estiagem. Nesses 25 anos de trabalho, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal se consolidou como referência em educação, conservação da biodiversidade, pesquisa científica, turismo responsável e desenvolvimento comunitário. Parcerias como essa com o governo espanhol só reforçam a importância do trabalho do Sesc para o Brasil”, comentou Cirilo.

As capacitações abordaram temas como ferramentas para monitoramento e detecção de incêndio florestais, estratégias de prevenção, técnicas de registro e organização de informações sobre o combate a incêndios e Manejo Integrado do Fogo como ferramenta de prevenção, além de exercícios práticos e simulações.

Equipes da espanha realizam capacitação de equipes no Polo Socioambiental Sesc Pantanal.

De acordo com o Ecólogo do Sesc Pantanal, Alexandre Enout, a atividade de intercâmbio vai contribuir muito para a evolução do trabalho das brigadas locais. “O grande diferencial desse curso foi o uso de ferramentas interativas para planejar a estratégia de combate aos incêndios, visando a melhor utilização dos recursos disponíveis e a escolha de técnicas mais adequadas para cada caso. Essas trocas de experiências são fundamentais. Assim como temos feito por aqui, vimos que eles também têm trabalhado muito na capacitação e investido em tecnologias para a prevenção dos incêndios”, afirmou.

Já Inmaculada Cantero, umas das seis técnicas de Operações de Incêndio Florestal da equipe do governo espanhol, definiu a experiência como enriquecedora, no âmbito pessoal e profissional. “Eu gostei muito de ver como eles conseguem otimizar os meios que dispõem e como envolvem e mobilizam suas comunidades de forma voluntária, com participação ativa na gestão integrada do fogo, tanto na prevenção quanto no combate aos incêndios. E nós aprendemos bastante também, pois os métodos utilizados aqui são muito bem desenhados e planejados. Esse intercâmbio de experiências nos beneficia muito, pois aprendemos com as semelhanças e com as diferenças também”, afirmou a intercambista.

Ao todo, 29 pessoas foram capacitadas, entre representantes do Sindicato Rural de Poconé, Associação Rural de São Pedro de Joselândia, Núcleo de Proteção e Defesa Civil do Distrito de São Pedro de Joselância, integrantes da brigada Aliança e os brigadistas do Sesc Pantanal.

Equipes da espanha realizam capacitação de equipes no Polo Socioambiental Sesc Pantanal.