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23 de agosto de 2024

O Sesc ampliou seu trabalho de conservação ambiental com a criação de uma nova Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Formalizada por meio da Portaria 2221, do dia 25 de julho, a reserva tem área de 19,48 hectares e será um santuário de proteção da fauna e flora regionais, além de um laboratório natural de estudo e observação.

A criação da reserva teve o apoio do Projeto Piúva Rosa, que é executado pela Funatura e financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre).

Área da RPPN do Sesc, em Bonito (MS)

As outras áreas de conservação ambiental do Sesc são: a RPPN Sesc Pantanal, no Mato Grosso; a RPPN Sesc Tepequém, em Roraima; a Reserva Natural Sesc Bertioga, em São Paulo, a Reserva Ecológica Sesc Iparana, no Ceará, e a reserva natural, e a Reserva do Sesc Serra Azul — as três últimas em processo de certificação como Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

A RPPN é uma categoria de unidade de conservação privada. É uma área de terras particulares onde o proprietário se compromete voluntariamente a realizar a conservação da natureza. Uma vez criada, a RPPN tem sua proteção garantida por lei, mesmo se a propriedade for vendida para outra pessoa.

5 de julho de 2024

Com 108 mil hectares, a Reserva Particular do Patrimônio Natural, RPPN Sesc Pantanal está localizada no Pantanal de MT e é a maior do país

A Reserva Particular do Patrimônio Natural, RPPN Sesc Pantanal, completa 27 anos de história no Pantanal mato-grossense, nesta quinta-feira (4/7). Com 108 mil hectares, a unidade criada pelo Sistema CNC-Sesc-Senac é a maior RPPN do Brasil e possui relevante contribuição para a conservação de espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, lobo-guará e tamanduá-bandeira.

O Pantanal tem apenas 5% do bioma protegido em Unidades de Conservação. Deste total, 1% corresponde à RPPN Sesc Pantanal. Na área já foram desenvolvidas mais de 100 pesquisas nacionais e internacionais sobre o Pantanal. Do total de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos na Bacia do Alto Paraguai, que totalizam 1.059 espécies, a Reserva detém 630. Entre as espécies ameaçadas de extinção, a RPPN possui 12. Dos benefícios que presta à humanidade estão a purificação das águas e a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Para proteger toda esta riqueza de vida, auxiliares de parque e guardas-parques se revezam no apoio ao desenvolvimento de pesquisas, bem como monitoramento, prevenção e combate a incêndios. São todos pantaneiros, nascidos na região da RPPN, localizada em Barão de Melgaço (MT).

O guarda-parque Reginaldo Taques trabalha na RPPN há 18 anos e conta sobre o maior desafio de trabalhar na RPPN Sesc Pantanal. “A reserva é um exemplo para outras e manter toda essa área conservada é uma missão importante que temos. O que mais gosto de trabalhar aqui é saber que estamos conseguindo cuidar desse pedacinho do Pantanal”, diz ele.

Com 12 anos de atuação da RPPN, o também guarda-parque Vilson Souza considera uma honra trabalhar na unidade de conservação. “O que mais gosto de fazer é compartilhar meu conhecimento como pantaneiro para turistas e pesquisadores que vêm até aqui. Por isso, nossa dedicação durante todo o ano é para proteger toda a área, principalmente neste ano tão seco”, destaca.

Gestor da RPPN Sesc Pantanal, o ecólogo Alexandre Enout destaca os dois títulos internacionais da área: Sítio Ramsar e Zona Núcleo da Reserva da Biosfera. “É evidente a relevância do papel da RPPN enquanto área de conservação, que beneficia a fauna, a flora e os seres humanos, com seus serviços ecossistêmicos fundamentais para a manutenção da vida na terra”, explica.

Mudanças com o Pantanal mais seco

Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), o regime de seca persistente de intensidade extrema a moderada perdura nos últimos 12 meses. De acordo com relatório publicado em junho, o Pantanal foi o bioma que mais secou dentro da análise realizada entre 1985 a 2023. A superfície de água anual (pelo menos 6 meses com água) em 2023 foi 61% abaixo da média histórica.

Os guardas-parques confirmam isso com as mudanças vistas no dia a dia. Segundo Vilson, a paisagem mudou devido ao ciclo das cheias. “Os corixos onde eu tomava banho na infância, em São Pedro de Joselândia, não existem mais, meus filhos pequenos nunca viram cheio. Na RPPN, tem corixo que não enche há cinco anos por falta de chuva”, relata.

Para Reginaldo, com a falta de chuvas regulares o Pantanal está diferente, sem florada todos anos, por exemplo. “Os tanques da reserva, que ajudam no abastecimento de pipas e também para os animais beberem água, não costumavam secar e agora estão secos. A nossa expectativa para esse ano é que não tenha incêndio, apesar das previsões”, destaca.

Prevenção a incêndios

A mobilização para proteger a grande área, rica em biodiversidade, é intensa e tem sido ampliada para prevenir o avanço de incêndios florestais como os que já atingiram a reserva, principalmente neste ano em que o Pantanal está mais seco.

A principal ação iniciada neste ano é a queima prescrita, que faz parte do Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) e utiliza o fogo como aliado para proteger a área. Iniciativa inédita em unidades de conservação do Pantanal Norte (Mato Grosso), o modelo prevê a queima de algumas áreas na RPPN, em vegetação mais adaptada ao fogo, o que contribui para a conservação do local. A estratégia, utilizada em várias partes do mundo e em outros biomas brasileiros, é uma das mais avançadas opções de prevenção, considerando as mudanças nos ciclos das águas registradas desde 2020.

Como ferramentas de prevenção, a reserva conta ainda com a tecnologia de detecção de focos de incêndio com câmeras de alta precisão. Já a Brigada de Incêndio, contratada para atuação durante seis meses no período da seca, agora permanecerá ativa por oito meses e terá um reforço importante: dois novos pontos de água na área central da Reserva, naturalmente mais seca por estar distante dos rios Cuiabá e São Lourenço, que margeiam a RPPN. Os poços artesianos contribuirão com os esforços de eventual combate a incêndios florestais, facilitando o rápido reabastecimento de caminhões-pipa

17 de junho de 2024

Com 108 mil hectares, a Reserva do Sesc Pantanal tem ampliado os meios de prevenção a incêndios no bioma

A maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço (MT), tem como principal marca o trabalho de referência quando o assunto é prevenção aos incêndios no Pantanal, desde sua criação em meados do fim da década de 1990. Nos últimos anos, tem ampliado tais estratégias frente às recentes mudanças acentuadas no clima, um dos anos mais secos já registrados no Pantanal desde 2019. A principal ação prevista para 2024 é a queima prescrita, que faz parte do Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF), e utiliza o fogo como aliado para proteger a área de 108 mil hectares.
Iniciativa inédita em unidades de conservação do Pantanal Norte (Mato Grosso), a queima prescrita prevê a queima de algumas áreas na RPPN, em vegetação mais adaptada ao fogo, que contribui para a conservação da Unidade de Conservação. A estratégia, utilizada em várias partes do mundo e em outros biomas brasileiros, é uma das mais avançadas opções de prevenção, considerando as mudanças nos ciclos das águas registradas desde 2020, quando o Pantanal teve o pior incêndio da sua história, com cerca de 4 milhões de hectares impactados pelos incêndios.
O Pantanal tem apenas 5% do bioma protegido em Unidades de Conservação. Deste total, 1% corresponde à RPPN Sesc Pantanal, que faz parte do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac.
Conservar essa área dos incêndios florestais, segundo a gerente-geral do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, é um grande desafio que só é possível se for feito coletivamente. “O PMIF reforça a importância da integração de todas as atividades relacionadas à prevenção e combate aos incêndios florestais na Reserva e entorno como o Sesc Pantanal tem trabalhado há quase três décadas. Portanto, a construção colaborativa é a abordagem principal no planejamento, ou seja, é feita com as comunidades tradicionais, indígenas, fazendeiros, pesquisadores, considerando a ecologia, a cultura e o manejo do fogo no Pantanal e o cenário atual das mudanças no clima, a qual requer uma análise múltipla e integrada”, destaca Cuiabália, que também é bióloga.
Com as mudanças climáticas, que têm feito o Pantanal vivenciar períodos cada vez mais intensos de seca, continua Cuiabália, a experiência do Sesc Pantanal tem sido uma importante referência para outras áreas no bioma. “Ao longo de todos esses anos a RPPN Sesc Pantanal realiza ações de Manejo Integrado do Fogo, como a formação de brigadistas, educação ambiental com o entorno da Reserva e ações de prevenção, como a confecção de aceiros. A novidade deste ano será a queima prescrita, já realizada em caráter de pesquisa em 2021. A expectativa é muito positiva, considerando os resultados dessa estratégia em outros biomas, conduzidos pelo Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)”, ressalta.
Prevenção a incêndios do Sesc
Como ferramentas de prevenção, a RPPN também conta com a tecnologia de detecção de focos de incêndio com câmeras de alta precisão. As imagens captadas são acompanhadas em um Centro de Monitoramento onde são processadas rapidamente com uso de algoritmos de inteligência artificial e transmitidas para a Brigada de Incêndio do Sesc Pantanal e o Corpo de Bombeiros para iniciar rapidamente o combate às chamas. A tecnologia já se mostrou eficaz na temporada da seca de 2023.
Já a Brigada de Incêndio, contratada para atuação durante seis meses no período da seca, agora permanecerá por oito meses e terá um reforço importante: dois novos pontos de água na área central da Reserva, naturalmente mais seca por estar distante dos rios Cuiabá e São Lourenço, que margeiam na RPPN. Os poços artesianos foram construídos durante o projeto “RPPN Sesc Pantanal – Recuperando e Protegendo”, realizado em parceria com a Funatura, por meio do projeto GEF-Terrestre, do Governo Federal, e contribuirá para os esforços de eventual combate a incêndios florestais, facilitando o rápido reabastecimento de caminhões-pipa.
Seca histórica no Pantanal
Muitas das áreas normalmente inundadas durante a época das cheias do Pantanal, neste ano se mantiveram secas, configurando um dos períodos de pior estiagem da história do bioma.  Este cenário levou a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) a aprovar, no mês de maio, a Declaração de Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai, com vigência até 31 de outubro deste ano, fim do período seco normal na bacia do Paraguai, a principal do Pantanal, podendo ser prorrogada caso a situação de escassez hídrica persista.

A decisão foi tomada devido ao cenário observado na Região Hidrográfica do Paraguai, embasado por manifestações de entidades ligadas ao tema, como o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB), de escassez hídrica relevante em comparação com períodos anteriores. Isso porque o nível d’água do rio Paraguai em abril deste ano atingiu o pior valor histórico observado em algumas estações de monitoramento ao longo de sua calha principal, sendo que o cenário de escassez ocorre desde o início deste ano na Região Hidrográfica do Paraguai.

21 de fevereiro de 2024

O documento foi feito em parceria com a UICN e é referência mundial para o aprimoramento da conservação, podendo ser acessado gratuitamente

 

A União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), em parceria com o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, lança a série “Diretrizes para Melhores Práticas em Áreas Protegidas da UICN e da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA)”, referência internacional para proteção da natureza em parques, reservas ou unidades de conservação, como são denominadas no Brasil. As diretrizes auxiliam governos, agências responsáveis por áreas protegidas, Organizações Não Governamentais, comunidades e parceiros do setor privado a cumprir seus compromissos, metas e, especialmente, o Programa de Trabalho com Áreas Protegidas da Convenção sobre Diversidade Biológica.

O material foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (31/1), Dia Nacional das RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) durante o evento realizado pela Funatura no Auditório do Prev Fogo/IBAMA, em Brasília, com autoridades e representantes de unidades de conservação federais privadas de todo o Brasil.

Essas diretrizes abordam o planejamento e a gestão de Áreas sob Proteção Privada (PPAs), e são direcionadas principalmente aos profissionais e formuladores de políticas que estão ou podem estar envolvidos com PPAs. A orientação é dada em todos os aspectos do estabelecimento (gestão e comunicação) e são fornecidas informações sobre princípios e melhores práticas, com exemplos retirados de diferentes partes do mundo.

De acordo com Brent Mitchell, presidente do Grupo de Especialistas em Áreas sob proteção privada e Gestão da Natureza da UICN, a aplicação em campo promove a capacitação institucional e individual para a gestão eficaz, equitativa e sustentável de sistemas de áreas protegidas.

“As áreas protegidas privadas se tornarão cada vez mais importantes após o compromisso de 2023 de conservar 30% da superfície da Terra até 2030. Esta publicação, derivada de experiências de todo o mundo – incluindo o Brasil – e é um guia para concretizar o grande potencial das RPPNs e outros PPAs”, destaca Mitchell.

De maneira prática, o objetivo das diretrizes é moldar a aplicação da política e dos princípios da UICN em direção ao aprimoramento da efetividade e dos resultados de conservação, com foco nos gestores e administradores da PPA.

“Nem toda a orientação será necessariamente aplicada em todos os contextos sociais, políticos e econômicos. Entretanto, o aprendizado com as melhores práticas em todo o mundo e a consideração sobre como elas podem ser incorporadas em nível local ou nacional podem melhorar a probabilidade de sucesso na conservação privada. Também podem oferecer sugestões sobre as condições que podem ser melhoradas para favorecer as PPAs e, assim, aproveitar as oportunidades que elas apresentam”, explica Mitchell.

 

Avanços com a tradução para o português

Por meio da parceria com o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, o documento foi traduzido para o português e pode ser acessado por instituições e interessados no tema não apenas no Brasil, mas em todos os países de língua portuguesa.

Para a gerente-geral do Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, a iniciativa ratifica o compromisso do Sesc com a conservação. “A conservação só acontece com o envolvimento de muitas mãos. Todos precisam estar inseridos e, principalmente, preparados para fazer este trabalho tão importante em nosso país. O Sesc é pioneiro nesta atuação, tendo, atualmente, 13% das áreas das RPPNs do Brasil, entre elas a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. O nosso compromisso com a conservação da natureza foi assumido há 27 anos e é vitalício”, destaca Cuiabália.

Coordenador de Reservas Privadas da FUNATURA, Laércio Sousa diz que a publicação, também disponível em outras línguas no site da UICN, traz um compilado das melhores práticas e aprendizados vindos de todas as partes do mundo. “Especialistas, gestores e proprietários de Áreas sob Proteção Privada (PPAs) e RPPNs do Brasil contribuíram com suas expertises para fazer frente aos diversos desafios de conservação e em especial a gestão e combate às mudanças climáticas, visto que até 2030 há uma forte tendência e necessidade que, ao menos 1/3 do planeta esteja sendo conservado e ou em recuperação ambiental”, destaca.

 

RPPNs no Brasil

Até 1992, o Brasil tinha 31 Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que equivaliam a uma área de 386,94 km². Hoje, de acordo com a Confederação Nacional de RPPNs (CNRPPN), são 1.755 reservas, totalizando 814.528,61 hectares. O Sesc possui 109 mil hectares de áreas protegidas no Polo Socioambiental Sesc Pantanal, no Sesc Tepequém (RR), no Sesc Bertioga (SP), no Sesc Iparana (CE) e, mais recentemente, no Parque Sesc Serra Azul, esta última também localizada em Mato Grosso, na região do Cerrado, em vias de se tornar uma RPPN.

9 de fevereiro de 2024

Os ciclos das águas embalam a vida no Pantanal e estão eternizadas em obras de artistas pantaneiros que compõem a exposição “Somos todos habitantes dessas águas”, realizada pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com curadoria da artista Ruth Albernaz. A mostra será inaugurada nesta sexta-feira (2/2), Dia Mundial das Áreas Úmidas e estará aberta ao público a partir de 5 de fevereiro, na Galeria Sesc Poconé. A entrada é gratuita.

A narrativa expositiva está organizada em três eixos temáticos: biodiversidade, cultura e história da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior do Brasil, localizada em Barão de Melgaço (MT). Foram selecionadas obras de 16 artistas que trazem em suas poéticas paisagens naturais, culturais, cenas do cotidiano, bovinocultura, biodiversidade e retrato.

Além das obras, foi criado um espaço audiovisual com bancos de urubamba, importante artesanato da cultura pantaneira para apreciação de fotografias históricas da RPPN e imagens de câmera trap, resultados de monitoramento e pesquisa dentro da Reserva.

A trilha interpretativa da exposição começa no painel instalado no saguão da unidade com panorama da RPPN Sesc Pantanal. Em seguida, o visitante adentra ao “Jardim dos Sentidos”, formado por um conjunto site specific com as obras “Murundu” e “É no Pantanal que nascem os pássaros”. A experiência termina na Galeria Sesc Poconé, onde estão as obras de Miguel Penha, Benedito Nunes, Alcides Pereira, Elson Figueiredo, Jonas Barros, Humberto Espindola, Gervane de Paula, Nilson Pimenta, Regina Pena, João Sebastião, Clovis Irigaray, Antônio Poteiro, Marcio Aurélio, Ruth Albernaz, Adir Sodré e Roberto de Almeida.

A exposição estará aberta à visitação até o mês de dezembro no Sesc Poconé, que está localizado na Avenida Generoso Ponce, Centro do município.

Acervo de duas décadas

As obras são parte do acervo do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, uma iniciativa do sistema CNC-Sesc-Senac, construído ao longo de duas décadas. De acordo com a gerente-geral da instituição, Cristina Cuiabália, trata-se de um representativo acervo com obras de renomados artistas, principalmente mato-grossenses habitantes de territórios da bacia do Alto Paraguai, formadora do bioma Pantanal.

“A exposição fala sobre o Pantanal sob a ótica de artistas mato-grossenses admiráveis. A água é vida e também o elo entre as diferentes histórias contadas em cada obra, que faz dessa experiência única. Nosso convite é para que todos possam embarcar e se encantar na Galeria do Sesc Poconé”, destaca Cuiabália.

De acordo com a Ruth Albernaz o conceito da exposição é inspirado nos poemas de outro mato-grossense muito conhecido: Manoel de Barros. “As múltiplas linguagens e narrativas da arte alargam os horizontes e ampliam a capacidade de compreender a vida, nos mostram a diversidade cultural dos territórios e contribuem para a manutenção da memória coletiva. Convidamos a todos para refletir e agir em favor da conservação da biodiversidade do Pantanal e dos saberes tradicionais traduzidos pela arte”, declara Albernaz.

31 de janeiro de 2024
No dia 31 de janeiro comemora-se o Dia Nacional das RPPNs, data em que foi promulgado o primeiro decreto que regulamenta essas áreas. Reserva Particular do Patrimônio Natural, ou simplesmente RPPN, é uma área especialmente protegida com o objetivo de conservação da diversidade biológica, mas também dos recursos hídricos, dos processos ecológicos, das paisagens de grande beleza cênica e do equilíbrio climático. Nesse sentido, as RPPNs devem ser valorizadas e comemoradas como uma iniciativa do setor privado para o bem comum.

Os proprietários de RPPNs podem ser Pessoas Físicas ou Jurídicas, que voluntariamente solicitam certificação das suas áreas junto ao órgão ambiental, para receberem essa condição de reserva. Uma vez intituladas, as áreas passam a integrar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Para atender ao artigo 225 da Constituição Federal, que diz que “todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, é imprescindível conservar áreas naturais e a melhor estratégia é a criação das unidades de conservação, como os parques nacionais e as RPPNs. Essas últimas, representando a categoria mais numerosa e que mais cresce no Brasil.

Segundo a Confederação Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural, atualmente existem 1.862 RPPNs distribuídas por todos os biomas brasileiros, com 835.875 hectares protegidos. Na Mata Atlântica estão 72%, ou 1.346 reservas particulares, que somam 249.854 hectares. Contudo, apesar de abrigar apenas 1,2%, ou 22 reservas, o Pantanal lidera o ranking em relação à extensão das áreas protegidas, com 262.555 hectares.

O destaque no Pantanal ocorre pela presença da RPPN Sesc Pantanal, a maior do Brasil. Com cerca de 108 mil hectares, a reserva representa quase 1% de todo o bioma. Foi criada em 1997, a partir de uma iniciativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), por meio do Serviço Social do Comércio (Sesc), como contribuição às diretrizes enunciadas na Conferência Mundial do Meio Ambiente – Rio 92. Diante disso, o Pantanal foi presenteado com esse projeto de elevada relevância para a conservação da natureza e para benefício direto às comunidades associadas.
Sesc Pantanal é a maior RPPN do país.
Da Eco-92, partimos para a Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa agenda compreende esforços globais para a erradicação da pobreza, conservação da biodiversidade, equilíbrio climático, entre outros, que estão interconectados, e as RPPNs contribuem diretamente em muitos dos objetivos, como na proteção da vida terrestre e nas águas, no fornecimento de água potável, na resiliência em relação às mudanças climáticas e fornecendo espaço para práticas de educação e valorização ambiental.

Na RPPN Sesc Pantanal são desenvolvidas atividades de turismo de natureza, educação ambiental, pesquisa científica, restauração florestal e desenvolvimento comunitário. Pioneira na região, a reserva se consolidou como modelo de gestão e inovação. É um laboratório vivo, onde centenas de cientistas já passaram e continuam a produzir conhecimento. Atualmente desenvolve uma das pesquisas mais robustas com onças-pintadas e pardas das Américas.

A RPPN Sesc Pantanal é uma das unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, presente na região há 27 anos, fornecendo oportunidades de educação, lazer, turismo e cultura. Outra unidade do Polo é o Hotel Sesc Porto Cercado, que fica logo em frente a reserva, e onde visitantes podem aproveitar da infraestrutura de hospedagem para realizar diversas atividades. A experiência promovida aos visitantes provoca reflexão quanto à importância da conservação da natureza, um legado da beleza e da vida pulsante e presente nessa área protegida, outro motivo para comemorar!
Artigo de Alexandre Enout – Polo Socioambiental Sesc Pantanal
5 de dezembro de 2023

As imagens são captadas por uma rede de armadilhas fotográficas que registram 155 pontos simultaneamente

 

A população de onças-pintadas da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, é objeto de uma ampla pesquisa que utiliza 155 câmeras trap em uma área de 108 mil hectares, localizada em Barão de Melgaço (MT). O estudo, realizado em parceria com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro com participação de pesquisadores do Grupo de Estudos em Vida Silvestre (GEVS), busca compreender o uso do espaço pelo animal e contribuir para a conservação dessa espécie vulnerável à extinção, que possui grande importância ambiental por ocupar o topo da cadeia alimentar e indicar a qualidade dos ambientes.

Maior carnívoro da América do Sul, terceiro maior felino do mundo e o único representante do gênero Panthera (formado por leões, leopardos e tigres) no continente americano, a onça-pintada necessita de áreas extensas e de habitat de boa qualidade para sobreviver. Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP), estimativas indicam que 50% da população total de onças-pintadas do mundo estão no Brasil, distribuídas por diversos biomas: Amazônia, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.

Distribuição das armadilhas fotográficas

As armadilhas fotográficas foram distribuídas a cada 2,8 km, na forma de gradeado, cobrindo uma vasta área da Reserva, o que permite avaliar o uso do espaço por várias espécies, incluindo presas potenciais. Com os equipamentos, o propósito é monitorar a área nos períodos de seca e cheia. A instalação teve início em julho deste ano e as revisões seguirão até janeiro de 2024. Os dados levantados são utilizados para a geração de mapas de distribuição e avaliação das formas de uso da paisagem, tanto das presas quanto dos predadores, possibilitando obter informações sobre interações e suas relações com o mosaico disponível no interior da RPPN.

O projeto realizado na RPPN Sesc Pantanal, uma das unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, contempla, ainda, a perspectiva dos saberes locais por meio das interações entre pesquisadores, guarda-parques e brigadistas do Sesc Pantanal. Essas interações servem para a propagação do entendimento das relações tanto entre os elementos da fauna, sob a perspectiva do projeto, quanto da convivência entre os pantaneiros com a diversidade disponível e a valorização do patrimônio biológico e cultural do Pantanal.

30 de setembro de 2023

Localizada em Poconé (MT), escola atende cerca de 300 alunos gratuitamente e é referência em sustentabilidade

Inovação, tecnologia ancestral e sustentabilidade são a base do projeto criado pelo arquiteto José Portocarrero para o Complexo Educacional Sesc Pantanal – Ministro Gilmar Mendes, inaugurado nesta sexta-feira (29/9), em Poconé (MT). Inspirado na arquitetura dos povos indígenas, a construção se beneficia com aproveitamento da luz natural e sua estrutura suspensa do solo é capaz de aumentar a ventilação e o conforto térmico para os estudantes, permitindo a redução do consumo de energia elétrica. A nova estrutura colabora, ainda, com o processo de aprendizado, ao despertar a criatividade e a imaginação de crianças e jovens em formação.

“O papel transformador da educação é incontestável. Há mais de sete décadas, o Sistema Comércio investe na área educacional com as mais diversas iniciativas, colaborando no desenvolvimento da sociedade. É com muito orgulho que por meio dessa inauguração homenageamos nosso ilustre Ministro Gilmar Mendes com o que há de mais importante para os indivíduos: o saber e a conquista da cidadania. Seu nome estará associado e perpetuado uma proposta inovadora, sustentável e que beneficiará diversas gerações”, declarou o Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Presente na cerimônia, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mato-grossense de Diamantino, falou um pouco sobre sua trajetória profissional e agradeceu a homenagem. “Fico muito feliz em receber essa homenagem do Sistema CNC Sesc Senac. São muitos os jovens que irão se beneficiar desse poder transformador que é a educação. Como professor, alguém que dedicou a vida ao ensino, ser o nome de uma escola é certamente algo muito honroso”.

Complexo educacional leva o nome do ministro do STF Gilmar Mendes, natural de Mato Grosso.

Autor do projeto, o arquiteto, professor e doutor em habitações indígenas brasileiras, José Portocarrero é reconhecido e premiado internacionalmente pela identidade sustentável que imprime nas obras. De acordo com ele, a arquitetura impacta diretamente no ensino-aprendizagem dos estudantes. “A inovadora proposta une a história da ocupação desse território, tecnologia ancestral das casas indígenas, sustentabilidade e compartilhamento, em contato com a natureza”, destaca.O projeto do Complexo Educacional surgiu a partir do trabalho desenvolvido pela Escola Sesc Pantanal. Criada em 2002, a unidade atendia alunos com as duas primeiras etapas da educação básica, em um espaço de cerca de 1.000 m². Com o passar do tempo, sua atuação se ampliou gradativamente e como forma de atender melhor os alunos foi criado o complexo, com tamanho quase três vezes superior ao original, o que faz dele a maior estrutura educacional de Poconé.
Com a expansão, são mais sete salas de aula, além de refeitórios, cozinha, sanitários, secretaria, sala dos professores, coordenação e recepção. A inovação também está presente na forma circular da escola, com as novas salas de aula divididas por áreas de conhecimento: Matemática, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, História, Geografia, Ciências e Arte. No Complexo Educacional Sesc Pantanal são os alunos que se movimentam a cada aula, compartilhando os ambientes e sendo corresponsáveis por eles. Na área externa central, o objetivo é promover a integração dinâmica de crianças e jovens, num ambiente natural, com árvores nativas e gramado, que pode ser explorado pelos alunos de diferentes formas, como atividades interativas com a natureza, contemplação e leitura ao ar livre.

Além do presidente da CNC e do ministro do STF, estiveram presentes no evento o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo, o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Senac, Marcus Vinicius Machado Fernandes, o Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT), José Wenceslau de Souza Júnior, os Presidentes das Federações do Comércio de todo o país, o Secretário Estadual de Educação de Mato Grosso, Alan Resende Porto, o Prefeito de Poconé, Atail Amaral, a Secretária Municipal de Educação, Ornella Proença Moraes, o Presidente da Câmara de Vereadores de Poconé, Itamar Lourenço da Silva, o Comandante do 1º Pelotão de Bombeiros de Poconé, Tenente Frank Marcelino da Costa, o Comandante do 6º Companhia Independente da Polícia Militar, Tenente-Coronel José Corrêa da Costa Júnior.

Sustentabilidade como protagonista da educação integral no Sesc

O Complexo Educacional Sesc Pantanal – Ministro Gilmar Mendes faz parte da Rede Sesc de Educação, que conta com mais de 200 escolas em todo o país. A educação ambiental e a sustentabilidade são pilares estratégicos desde a criação da escola e estão presentes em todas as disciplinas, dentro e fora da sala de aula, assim como na arquitetura moderna da nova estrutura. Ao longo de 21 anos, mais de 8 mil estudantes já foram formados.

O Diretor-Geral do Sesc, José Carlos Cirilo, caminha com o ministro do STF Gilmar Mendes no recém inaugurado Complexo Educacional Sesc Pantanal.

A educação integral dos alunos passa pela sensibilização socioambiental, presente em diversas iniciativas na escola. O uso consciente dos materiais nas aulas, contato com a natureza em áreas naturais do Sesc Pantanal, assim como a produção de materiais didáticos e jogos educativos com elementos na natureza, são alguns exemplos práticos. Atualmente, mais da metade (55%) dos estudantes é beneficiado pelo Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), que dá acesso gratuito a todos esses diferenciais da escola. Criado em 2009, o PCG oferece educação gratuita aos alunos com renda bruta familiar de até três salários mínimos nacionais.

Mãe de três alunos, – dois já formados e um ainda estudante do Complexo Educacional, Fabijane Furtado de Souza contou com o benefício do PCG do Sesc. Segundo ela, o programa foi essencial para que os filhos tivessem acesso à educação de qualidade. “O ensino do Sesc é diferenciado, há vários tipos de atividades que colaboram com o aprendizado e ainda oferecem uma alimentação saudável, com apoio de nutricionista, o que estimula as crianças a comerem alimentos mais naturais. O João Vitor é cadeirante e o Sesc o abraçou desde o primeiro momento, ensinando os coleguinhas a não tratarem ele com indiferença. Ele sempre participou de todas as atividades”, destaca.

O Sesc Pantanal

O Complexo Educacional é uma das unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac. Criado há 26 anos, o Polo atua com a conservação da biodiversidade, a pesquisa científica, o desenvolvimento comunitário, a educação ambiental e o turismo de natureza nos biomas Pantanal e Cerrado. Em Poconé, principal destino turístico do Pantanal mato-grossense, estão – além do Complexo Educacional – o Hotel Sesc Porto Cercado, o Parque Sesc Baía das Pedras e o Sesc Poconé. Em Barão de Melgaço, também no Pantanal, fica a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. No Cerrado, fica o Parque Sesc Serra Azul e, em Várzea Grande, o Ponto de Encontro, completando as unidades que atuam conectadas.

O Presidente do Conselho Nacional do Sesc e da CNC, José Roberto Tadros, recebe Gilmar Mendes, Ministro do STF e homenageado do dia.
3 de agosto de 2023

Parceria entre Brasil e Suíça dá visibilidade e gera oportunidades no Pantanal

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, chegou a Poconé (MT) nesta semana para conhecer as unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal e sua atuação na conservação ambiental, pesquisa científica, turismo de natureza, assistência social e desenvolvimento comunitário. A ação faz parte do trabalho desenvolvido entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex para dar visibilidade e gerar oportunidades no Pantanal.

A comitiva inclui também o embaixador emérito Jean-Pierre Villard, a CEO da Swissnex no Brasil, Malin Borg, e o cônsul-geral da Suíça em São Paulo, Pierre Hagmann. Eles visitarão o Hotel Sesc Porto Cercado e o Parque Sesc Baía das Pedras, em Poconé, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço.

De acordo com o diretor-geral do Sesc, José Carlos Cirilo, que representou o presidente José Roberto Tadros, a presença do embaixador ratifica a importância do trabalho realizado pelo Sesc Pantanal há 26 anos na maior planície alagável do mundo. “Nossa missão neste território, Patrimônio Natural da Humanidade, é cuidar das pessoas e do meio ambiente. Poder ampliar essa atuação permite que mais partes do mundo possam conhecer uma parcela desse bioma tão importante”, destaca.

Comitiva visitou a Escola Sesc Pantanal em Poconé (foto: divulgação)

Swissnex

A Swissnex está presente em algumas das regiões mais inovadoras do mundo, formando uma rede global que conecta pessoas e instituições com a missão de apoiar o alcance e o engajamento ativo de parceiros no intercâmbio internacional de conhecimento, ideias e talento. A organização é a agência de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça responsável por conectar projetos, parceiros e iniciativas para o desenvolvimento dessas áreas de interesse.

Por meio da parceria entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex, foi criado o programa Science Camp Pantanal, uma ação inédita de ciência e inovação com o objetivo de incentivar a vinda de pesquisadores, estudantes e startups suíças ao Polo Socioambiental Sesc Pantanal para intercâmbio científico, produção de conhecimento e desenvolvimento de projetos inovadores.

Sesc Pantanal

Criado há 26 anos pela iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal é formado por um complexo de unidades no Pantanal e no Cerrado mato-grossense.

Em Poconé, que é o principal destino turístico do Pantanal, estão o Hotel Sesc Porto Cercado, o Parque Sesc Baía das Pedras, o Sesc Poconé e a Escola Sesc Pantanal. Em Barão de Melgaço, também no Pantanal, fica a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. No Cerrado, fica o Parque Sesc Serra Azul e, em Várzea Grande o Ponto de Encontro completa as unidades que atuam conectadas.

29 de maio de 2023

Conhecido como “Abrace o Pantanal”, projeto é uma parceria com diversas instituições que buscam preservar mais de 2,5 milhões de hectares.

 

A ação, articulada entre umgrauemeio,  Brigada AliançaInstituto Homem Pantaneiro (IHP) e Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com apoio financeiro da JBS, tem como objetivo proteger 2,5 milhões de hectares de área do bioma por meio da detecção precoce de incêndio. A tecnologia utiliza um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema. Além disso, haverá resposta rápida e geração de dados analíticos, operacionais e de impacto na comunidade, com redução de CO2 estimada em 15 milhões de toneladas.

Sistema leva somente 3 minutos para detectar focos de incêndio e mobilizar equipes.

A integração de informações como localização das brigadas, recursos e equipamentos disponíveis, horário de acionamento, tempo de locomoção até o local do foco de incêndio, tempo de combate e extinção do foco e o contato com os proprietários de terra no entorno permitem a rápida resposta ao fogo. Também estão previstas ações educativas de prevenção à incêndios junto das comunidades do entorno.

Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em aproximadamente 3 minutos, cobrindo um raio de 15 km e ainda indica o local exato do foco através da triangulação das câmeras e apoio de imagens de satélite, acelerando os protocolos de identificação e combate. Há, ainda, a detecção back-up de pontos de calor por satélites que podem complementar a proteção de áreas que sofram menor pressão humana. Nesta primeira fase, são 11 pontos de detecção automática por imagem distribuídas nas regiões Sul, Norte e Central, começando pelo território da Serra do Amolar.

 

 

 

 

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